Economia Titulo IR
Ganha força proposta de criar mais faixas para o IR
05/08/2008 | 07:15
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Com a saída de Jorge Rachid do comando da Receita Federal, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ganhou um reforço para acelerar os estudos para a reformulação das regras do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física). A idéia é aumentar o número de alíquotas da tabela do IR para tornar o imposto mais progressivo. Na avaliação da Fazenda, a mudança aliviaria a tributação sobre a classe média de menor renda.

Mantega pediu estudos sobre o tema à nova secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, para apresentar uma proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova secretária já deu sinais de que é favorável ao aumento do número de alíquotas do IRPF para tornar o tributo menos regressivo.

No governo, também defendem um IR mais progressivo o secretário executivo da Fazenda, Nelson Machado, responsável pela indicação de Lina para o cargo, e o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochman.

A mudança no IRPF para permitir a redução do peso do tributo para a classe média é uma antiga cobrança do presidente ao Ministério da Fazenda. Hoje, a tabela tem apenas duas: 15% e 27,5%.

No final de fevereiro, quando o governo encaminhou ao Congresso o projeto de Reforma Tributária, Mantega chegou a anunciar que iria enviar uma semana depois uma "proposta de profunda reformulação no IRPF". Porém, o ministro desistiu da idéia para não atrapalhar a discussão da reforma, mas pediu ao seu secretário de Acompanhamento Econômico, Nelson Barbosa, que continuasse os estudos.

Entre as propostas em estudo pela equipe está a idéia de inserir uma ou mais alíquotas entre as de 15% e 27,5%.

A nova secretária da Receita reforça a corrente dentro do governo e do PT que quer que o governo envie um projeto de lei ao Congresso ainda este ano para que as mudanças possam começar a vigorar em 2009.




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