O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), conhecido como ‘inflação do aluguel’, desacelerou para 1,79% na segunda prévia de julho, ante 1,83% no mesmo período do mês anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O indicador foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais (incluindo o reajuste dos preços de aluguéis). A metodologia aplicada na pesquisa é a mesma utilizada no IGP-10 e no IGP-DI - a única diferença é o período analisado.

Atacado – O IPA (Índice de Preços por Atacado) subiu para 2,28% no segundo decêndio de julho, ante 2,05% em igual período de junho. O índice referente a Bens Finais diminuiu de 1,35% para 0,55%, com destaque para os alimentos in natura, que caiu de 8,23% para -1,15%.

No estágio dos Bens Intermediários, a taxa oscilou de 2,48% para 2,50%. A maior contribuição para o aquecimento partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 1,22% para 2,37%.

No período pesquisado, o índice das Matérias-Primas Brutas passou de 2,24% para 3,89%, com destaque para soja em grão (2,29% para 10,08%), milho em grão (-6,93% para 12,43%) e tomate (-0,94% para 9,65%). Na contramão, os itens que ficaram mais baratos foram arroz em casca (9,16% para -5%), minério de ferro (10,57% para –1,19%) e leite in natura (2,03% para -1,33%).

Varejo – Com relação aos preços do varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) caiu de 0,78% no segundo decêndio de junho para 0,54% no mesmo período de julho.

Cinco das sete classes de despesa que compõem o índice apresentaram desaceleração, sendo que a maior contribuição para a queda partiu dos alimentos (1,86% para 1,27%). Os destaques para a queda partiram dos itens hortaliças e legumes (5,79% para -0,79%), panificados e biscoitos (2,62% para 0,61%) e arroz e feijão (8,53% para 4,99%).

As outras categorias que também tiveram deflação foram Habitação (0,40% para 0,23%), Educação, Leitura e Recreação (0,40% para 0,27%), Vestuário (0,34% para –0,10%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,55%).

Em direção contrária, os grupos Transportes (0,05% para 0,16%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,22%) registraram aumento nos preços no período pesquisado.

Construção – O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) recuou para 1,34% na segunda prévia de julho, contra 2,84% no mesmo período de junho. O índice do grupo Materiais e Serviços teve queda de 1,55%, contra 1,80%. A taxa da categoria Mão-de-obra desacelerou de 4,02% para 1,11%.