Política Titulo Mauá
Damo quebra clima de comício no Zaíra
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
21/07/2008 | 09:12
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O primeiro comício de Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), domingo, no bairro que o projetou para a política era marcado pela euforia. Moradores do Jardim Zaíra dançavam e gritavam o nome do candidato. Tudo ia bem, até que o clima de otimismo foi quebrado com a chegada do prefeito Leonel Damo (PV) que, segundo pesquisa Diário/Ibope, tem 52% de rejeição (41% de péssimo e 11% de ruim).

Os presentes no comício mostraram o motivo. Assim que o prefeito começou a discursar, os gritos foram silenciados e a euforia só voltou quando Chiquinho assumiu o microfone.

Em março, Damo anunciou que não tentaria a reeleição para apoiar Chiquinho.

Para superar a saia-justa, o socialista elogiou programas da administração, como o Café Comunitário, e conseguiu passar o recado, recheado de promessas. "Aqui cresci, estudei, trabalhei e formei minha família. Se for eleito, não vai ter ônibus quebrado, só novos e pontuais. Vou construir duas creches, um ginásio de esportes, um posto de saúde e uma escola no Zaíra 4."

Para viabilizar as obras, o prefeiturável garantiu que, apesar de não ser do partido do presidente nem do governador, vai contar com o apoio de Lula e Serra. "O PSB dá sustentação para o governo federal e também estadual. Vamos conversar para trazer recursos para nossa cidade."

O candidato a vice-prefeito na chapa, Paulo Bio (PMDB), aproveitou a chance para alfinetar o petista e líder na pesquisa, Oswaldo Dias. "O que ele fez pelo Zaíra? Só maquiou o Centro, que também precisa de cuidados, mas a atenção maior deve ser na periferia. Temos de investir em perspectiva de vida. Pensem nisso", pedia.

A deputada estadual Vanessa Damo (PV) acompanhou o pai e falou sobre a característica do comício, com palco mais baixo. "Esse formato é nosso, inovador. Aproxima o candidato da população, que pode ouvir as propostas e analisar. O Chiquinho tem dignidade para ser prefeito. E vai trabalhar a continuidade", afirmou.

Cálculo - Mateus Prado (Psol) manteve domingo a estratégia de caminhar e abordar as pessoas na rua, sem microfone ou panfletos. Para tornar sua campanha conhecida, o socialista calcula que terá de conversar com 300 a 400 pessoas por dia. "Preciso me apresentar. O resultado da pesquisa do Diário mostra que está dando certo. Campanha de esquerda é assim mesmo. Os próximos resultados vão mostrar crescimento", disse.




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