Economia Titulo Cana-de-açúcar
Álcool hidratado aumenta 0,23% e o anidro, 0,83%
19/07/2008 | 07:28
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O preço médio do litro do álcool hidratado aumentou 0,23% e o do anidro subiu 0,83%, segundo o indicador semanal do Cepea/Esalq (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).

No segundo reajuste consecutivo aplicado em plena safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, o litro do álcool anidro (sem água) saltou de R$ 0,8824, na semana passada, para R$ 0,8897, e o litro do álcool hidratado foi de R$ 0,7235 para R$ 0,7251.

Com os novos reajustes, o preço do hidratado nesta terceira semana de julho está 23,92% superior, em valores absolutos, aos R$ 0,5851 do mesmo período do ano passado. E o litro do álcool anidro, misturado em 25% à gasolina, custa 32,95% mais caro que o valor negociado no mesmo período de julho de 2007, R$ 0,6692, de acordo com o indicador Cepea/Esalq.

Ontem, o professor da USP (Universidade de São Paulo), Márcio Nakane, afirmou que os preços do álcool e da gasolina devem deixar de aliviar com a mesma magnitude a inflação nas próximas pesquisas da entidade.

Em entrevista coletiva da qual participou também o economista Antonio Evaldo Comune, Nakane disse que o acompanhamento de preços na ponta, levantamento no qual a Fipe compara os preços da semana de referência com o mesmo período do mês anterior, ambos os combustíveis já deixaram o terreno de quedas e passaram para o de altas.

"Na ponta, o álcool saiu de uma queda de 2,07% para 0,84%. A gasolina passou de uma baixa de 0,10% para uma alta de 0,65%", informou. Para Nakane, essas mudanças de comportamento têm justamente ligação com os preços maiores do álcool ao produtor.

Na segunda quadrissemana de julho, o álcool ainda apresentou queda na pesquisa de preços do IPC, de 2,01%. A redução já foi, no entanto, menor que a da primeira quadrissemana do mês, de 2,84%. No caso da gasolina, o combustível saiu de uma queda de 0,09% para uma alta de 0,07%.

Por conta desse comportamento dos combustíveis, Nakane revisou a projeção de alta do grupo transportes para o fim de julho, de 0,22% a 0,35%. Na segunda quadrissemana, o grupo apresentou elevação de 0,17%, representando 0,03 ponto da inflação na Capital, de 0,59% no período.




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