O chefe do Estado-Maior israelense, o general Gaby Ashkenazi, afirmou nesta quinta-feira, à rádio pública, que Israel deve se preparar "para todas as opções" com o objetivo de pôr fim ao programa nuclear iraniano.

"Assim como os Estados Unidos, pensamos que o Irã não deve produzir a arma atômica. A prioridade para obtermos esse objetivo passa pela diplomacia e pelas sanções (...) mas todo o mundo compreende que devemos nos preparar para todas as opções", declarou o general, que se encontra de visita a Washington.

Com isso, o chefe do Estado-Maior, deixou aberta a possibilidade de um ataque israelense contra as instalações nucleares iranianas, como o efetuado em junho de 1981 no Iraque contra a central atômica de Osirak, próximo a Bagdá.

O general Ashkenazi, que realiza sua primeira visita aos Estados Unidos como chefe do Estado-Maior, se reuniu com o vice-presidente Dick Cheney. Nesta quinta-feira deverá se reunir com o chefe do Estado-Maior norte-americano, o almirante Michael Mullen.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, citado pela rádio pública, considerou em um encontro com o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama que o Irã terá a bomba atômica "até o final de 2009 ou começo de 2010 no mais tardar".

O porta-voz de Olmert, Mark Regev, comentou à AFP que com suas declarações o primeiro-ministro queria destacar "a necessidade da comunidade internacional de atuar urgentemente contra as ambições nucleares de Teerã".

Barack Obama, que deixou Israel nesta quinta-feira, prometeu na quarta, um apoio "indefectível" ao Estado hebreu, e disse que um Irã atômico seria "uma grave ameaça" para o mundo.

O candidato democrata considerou que todas as possibilidades deviam ser mantidas sobre a mesa, incluindo a militar, embora tenha considerado que um ataque aéreo não seria suficiente para solucionar o problema, devido à dispersão das instalações nucleares do Irã.