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Polícia Militar de SP expulsou 69 policiais em 6 meses
14/07/2008 | 08:16
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Pelo menos 69 policiais militares do Estado de São Paulo foram expulsos da corporação, de janeiro a junho deste ano, por cometerem crimes considerados gravíssimos, incluindo homicídios intencionais. Outros 64 soldados foram demitidos após sindicâncias internas e sete deixaram a instituição por corrupção, problemas psicológicos ou por excesso de faltas ao serviço diário. Os números podem ser ainda maiores, pois há casos de PMs até presos cujo processo administrativo de expulsão não foi concluído.

Ao todo, 140 policiais foram afastados pela corporação no primeiro semestre deste ano, o que equivale a 84% dos 166 casos registrados em todo o ano passado. A comparação fica ainda mais próxima com 2006, quando 153 soldados foram obrigados a deixar a PM.

A corporação admite maior rigor nas avaliações. "Existe uma grande preocupação nossa em não manter esse tipo de pessoa (que comete crimes gravíssimos)", diz a tenente-coronel Ângela Dimarzio Godoy, da Corregedoria da PM. "É sempre temerário dizer que esses números (de expulsão) estão dentro da média. O ideal é não haver nenhum caso. Não gostamos de saber quando ocorrem mortes de civis. É sempre muito negativo para nós", complementou.

Mortes - A Polícia Militar de São Paulo matou 55% a mais no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2007. Ao todo, foram 107 "mortes em confronto" em 2008, ante as 69 registradas no ano passado, entre janeiro e março. Índices correlatos, como prisões em flagrante e feridos em tiroteios com PMs, mantiveram-se estáveis. Todas as ocorrências são acompanhadas pela Corregedoria.

A corporação considera que a explicação sobre o maior número de processos abertos passa pelo aumento no número de denúncias na Ouvidoria da Polícia. Nos últimos quatro anos, as queixas contra policiais militares saltaram de 852 para 1.044 somente na capital paulista. A maioria dessas reclamações envolve casos de violência e de morte.




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