Inconformado por São Caetano perder uma referência cultural - a demolição do prédio do antigo Cine Colonial, na Rua Amazonas -, o prefeito José Auricchio Júnior (PTB), candidato à reeleição, pretende criar um novo centro cultural na cidade.
"Um espaço desse tipo faz falta no município", admite. Havia um projeto para a área, mas a administração não conseguiu acompanhar a corrida imobiliária e perdeu espaço para o setor privado, que irá construir prédios residenciais.
O político pretendia construir no local do Cine Colonial um Centro Cultural. "Agora temos de estudar uma nova área para o Centro Cultural", resigna-se o prefeito.
Sua proposta é agregar um cinema popular administrado pelo poder público com outras vertentes artísticas. "Temos de viabilizar essa alternativa."
A construção desse espaço poderá ser o início de uma gestão de cultura de forma unificada. O "desafio", segundo Auricchio, será implementar um sistema integrado entre Diretoria de Cultura - desenvolvida em 2005 pelo petebista -, Fundação das Artes e Fundação Pró-memória. "São ferramentas que precisam andar juntas e devem ser expandidas", comenta o prefeiturável.
A criação de um Fundo de Cultura também está nos planos de Auricchio. "Queremos uma sinergia com parceiros para ampliar os projetos."
Regionalidade - Auricchio gostaria que a Cultura fosse tratada de forma regionalizada. Para ele, as verbas são aplicadas nas cidades, sem o comprometimento com os demais municípios. "Cada local gasta um caminhão de dinheiro e todos acabam sendo concorrentes internos, de maneira predatória."
Na visão do candidato, um política regional fortaleceria a Cultura, pois a competição por espaços com a Capital torna-se um "fator inibidor". "É preciso um circuito próprio para o Grande ABC. Talvez o Consórcio Intermunicipal pudesse explorar melhor."
Ampliação do museu faz parte do plano de governo
A ampliação do Museu Municipal, no bairro Fundação, faz parte do plano de governo de Auricchio. A proposta era para ser efetivada nesta gestão, mas ficará para segunda administração, logicamente, sel ele for reeleito. "Faltou dinheiro", justifica o prefeiturável.
Um terreno ao lado do Palacete De Nardi, sede do museu, foi adquirido pela Fundação Pró-Memória em 2005. Porém, de lá para cá, não houve evolução do projeto do anexo, avaliado em R$ 1 milhão.
A previsão é levantar um edifício moderno, que irá contrastar com a arquitetura do prédio antigo, de final do século 19, com escadaria central e janelas com largos beirais.
Potencializar as atividades da Fundação das Artes e da Fundação Pró-Memória também estão nos planos do candidato. "Temos de dar um passo a mais com escola de artes, abrindo-a de forma democrática à comunidade", completa.
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