Economia Titulo Cesta Básica
Cesta básica sobe 4,84 % em SP
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
02/07/2008 | 07:10
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A cesta básica em São Paulo foi a segunda mais cara do País em junho. Custou ao consumidor R$ 245,24, indica pesquisa realizada em 16 capitais pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico) em junho.

A variação em relação a maio foi de 4,84%. E na comparação com o mesmo mês do ano passado a elevação chegou a 30,83%. O valor dos itens básicos para a alimentação representa 64,23% do salário mínimo atual, de R$ 415. Fortaleza e Vitória são as duas únicas cidades com queda no preço, ficando mais baratas 0,35% e 1,13% respectivamente.

O valor da cesta básica divulgada pelo Dieese contabiliza o gasto mensal de uma pessoa adulta com alimentação. Pelo cálculo da organização, uma família de quatro pessoas - das quais duas crianças - precisaria mensalmente consumir três cestas básicas, que em São Paulo, juntas, custam, em média, R$ 735,72. "Isso prova que o salário mínimo atual é insuficiente para arcar com todos os gastos de uma família, como alimentação, moradia, saúde, transporte", afirma o coordenador da pesquisa, José Maurício Soares.

Pelo cálculo do Dieese, uma família de baixa renda gasta mensalmente 35,71% dos rendimentos com alimentação. Com isso, o salário mínimo necessário para atender às necessidades de uma família nesses padrões seria R$ 2.072,70, valor quase cinco vezes maior do que o piso atual estabelecido pelo governo federal. Em junho do ano passado, o salário mínimo necessário era estimado em R$ 1.628,96.

O trabalhador de São Paulo remunerado pelo salário mínimo precisou trabalhar 130 horas para adquirir os itens da cesta básica.

RESPONSÁVEIS
O arroz foi o principal responsável pelo aumento da inflação da cesta básica nas 16 cidades apuradas na pesquisa. Em São Paulo, a alta foi de 10,31%. No acumulado do ano, o produto encareceu 49,65%. O aumento no preço reflete o atraso do plantio devido ao prolongado período de estiagem e à escassez do produto na Ásia, causada por tempestades e inundações nas áreas produtoras.

O feijão também ficou mais caro em junho, com elevação em 14,18%. A carne subiu 9,38% no mês passado. A explicação para o aumento do valor do produto é o período de entressafra somado ao aumento no volume de exportações, já que países da comunidade européia liberaram a importação do produto brasileiro.




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