Os trabalhadores da Petrobras realizaram ontem uma mobilização nacional de advertência à estatal por causa da proposta apresentada de PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), que ficou abaixo do que era esperado pelos funcionários.

O movimento de vigília de 24 horas reivindica a melhora nos valores apresentados e a diminuição da diferenciação de pagamento do benefício entre os cargos mais elevados e os operários. "O objetivo é chamar a atenção da empresa. A proposta é muito inferior do que o recebido no ano passado. Eles alegam queda de lucro, mas não foi tanto assim", comentou Laércio Longo, coordenador da Regional de Mauá do Sindipetro-SP (Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo).

Apesar de o dirigente não comentar o valor, neste ano a estatal ofereceu por volta de R$ 11 mil de abono referente aos lucros de 2007, com 2,6 vezes de diferenciação entre cargos. Em 2007, os trabalhadores receberam cerca de R$ 16 mil, com 2,5 de distinção.

Na região, a adesão na Transpetro, de São Caetano, foi total na parte de operação e parcial no setor administrativo. Em Mauá, na Refinaria de Capuava, a adesão foi parcial, segundo o balanço do sindicato.

Em nota, a Petrobras considera precipitadas as mobilizações das entidades sindicais. A empresa alega que está seguindo as leis para o cálculo da PLR e ofereceu R$ 844 milhões de abono, compatível com o lucro da companhia em 2007 e com os dividendos distribuídos aos acionistas.