A Coréia do Norte entregou nesta quinta-feira a anunciada declaração nuclear sobre seus programas atômicos, informou o ministério chinês das Relações Exteriores.

A declaração foi entregue por Choe Jin Su, o embaixador norte-coreano na China, afirma um comunicado divulgado no site do ministério.

O documento da Coréia do Norte sobre materiais nucleares, instalações e programas não deve incluir a lista de armas nucleares, que seria entregue em uma fase posterior das negociações de desarmamento.

"Em 26 de junho, a República Democrática Popular da Coréia (RDPC, Coréia do Norte) submeterá sua declaração nuclear a China, sede das negociações entre os seis (países) que discutiram o acordo", afirmara mais cedo Wu Dawei, principal negociador chinês para o caso nuclear norte-coreano.

"Os Estados Unidos cumprirão sua obrigação de retirar a Coréia do Norte da lista de países que apóiam o terrorismo e revogarão as sanções comerciais", acrescentou Wu em uma entrevista coletiva.

A Casa Branca celebrou a declaração nuclear da Coréia do Norte e assegurou que vai retirar este país da lista de Estados terroristas, mas advertiu que ainda existe trabalho por fazer para que a comunidade internacional suspenda o isolamento da nação comunista.

"Os Estados Unidos anunciam a intenção de retirar a Coréia do Norte da lista de Estados que promovem o terrorismo em 45 dias", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.

"Os acontecimentos de hoje constituem uma importante etapa no processo de discussões entre as seis partes, integradas por Coréia do Norte, China, Japão, Rússia, Coréia do Sul e Estados Unidos", acrescentou a porta-voz.

O presidente George W. Bush fará uma declaração sobre o tema às 7h40 locais (8h40 de Brasília).

De todas as maneiras, o governo dos Estados Unidos advertiu que a Coréia do Norte tem mais obrigações a cumprir para que a comunidade internacional deixe de isolar o regime de Pyongyang.