Turismo Titulo História
Cartagena de Índias
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
26/06/2008 | 07:45
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Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em 1985, Cartagena de Índias inspira romantismo em cada canto. Embora também proporcione um certo prazer solitário, contemplativo, à beira do cais, tal qual as paisagens descritas nos romances do escritor colombiano Gabriel García Márquez, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1982.

A iluminação das ruas foi planejada para que a luz dos postes reproduzisse a tonalidade dos antigos lampiões a gás. Carros são proibidos de circular no Centro Histórico. E a arquitetura conserva um precioso conjunto de casas coloniais e igrejas com altares em ouro.

O clima romântico fica a cargo dos passeios de carruagem pelos principais pontos turísticos, como o claustro da igreja San Pedro Claver, a Casa de Alfândega, o suntuoso Palácio da Inquisição, o Parque del Bolívar, o sobrado que serviu de cenário para o filme Queimada, de Pontecorvo, e o hotel Santa Clara, onde funcionou o convento descrito no romance Do Amor e Outros Demônios.

Mas engana-se quem pensa que o clima de nostalgia impera ao longo das ruas calçadas de pedra. Destino preferido de veraneio dos colombianos e de muitas celebridades, a cidade também reserva bares badalados, apresentações de música em praça pública e muita animação noite adentro. Até os conventos foram transformados em hotéis de luxo, com direito a butiques e tudo o mais.

PIRATAS
Cercada por 11 quilômetros de muralha, Cartagena foi uma das primeiras cidades da América espanhola, principal porto de entrada e saída de navios e, conseqüentemente, alvo constante de galeões piratas. Para proteger sua encosta, a Coroa construiu no local o maior conjunto de fortes das Américas. Destaque para o castelo de São Felipe de Barajas, que levou 121 anos para ser construído "ao preço da fortuna de um rei". Sem sua fortaleza, Cartagena provavelmente não teria resistido às investidas de piratas ingleses, que chegaram a atacar a cidade com 200 navios e 30 mil homens em 1702.

É verdade que a coloração da água das praias da cidade - El Laguito e Bocagrande são as principais - não tem a tonalidade verde-esmeralda tradicional do Caribe. Nada, porém, que espante o visitante, até porque as 27 ilhas do arquipélago do Rosário, a uma hora do porto de Cartagena, são belíssimas, merecidamente dignas dos mais inspirados romances da literatura mundial.




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