Para diminuir o custo dos investimentos, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) reduziu quinta-feira o Imposto de Importação para máquinas e equipamentos que serão utilizados em projetos que somam US$ 4,1 bilhões.

As alíquotas para 332 produtos (bens de capital, de telecomunicações e de informática) caíram para 2%. Os setores beneficiados pela desoneração são o de serviços, siderurgia, metalurgia, gráfico, autopeças, papel e celulose, petróleo, energia e de alimentos.

A secretária-executiva da Camex, Lytha Spíndola, afirmou que a lista é a maior já aprovada pelo conselho em termos de quantidade de itens.

Esses equipamentos foram incluídos na chamada lista de 'ex-tarifários' do Mercosul, pela qual cada país-membro pode reduzir as alíquotas do Imposto de Importação para bens que não têm produção nos países do bloco.

Máquinas - Lytha disse que o anúncio da nova política industrial aumentou os pedidos das empresas para reduzir o imposto para máquinas e equipamentos. A secretária afirmou que a Camex publicava duas listas de 'ex-tarifários' por ano. Com o aumento da demanda das empresas, o conselho tem aprovado uma lista por mês desde o início de 2008.

A Camex também aprovou quinta-feira os critérios de divisão da cota de 342,5 mil toneladas de peito de frango e de peru que podem ser exportadas para a UE (União Européia) sem o pagamento de Imposto de Importação.

Ficou definido que 90% do total da cota serão divididos entre as empresas que já exportam, com base nas vendas dos últimos três anos. Os outros 10% serão considerados uma reserva técnica, que poderá ser utilizada pelas empresas que esgotarem a sua cota e também por exportadores novos. Essa medida será posta em prática a partir de outubro, para que sejam respeitados os contratos vigentes.

Sobretaxa - Outra decisão foi a redução da sobretaxa de 11,7% para 2,9% para as importações brasileiras da China de Glifosato, matéria-prima usada na fabricação de fertilizantes agrícolas. A alíquota foi reduzida no início do ano (era de 35,8%) para atender ao pedido dos produtores rurais para reduzir os custos de produção. A tarifa do glifosato pode ser novamente revisada até 12 de fevereiro de 2009, quando encerram as investigações de prática de dumping denunciada pela Monsanto.