Economia Titulo Balanço
Empresas gastam mais
para reter funcionários

Ganhos salariais de 2011 para 2012 chegam a 90% em SP;
levantamento é da empresa especializada Page Personnel

Tauana Marin
18/02/2013 | 07:00
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Contratar ou reter um talento profissional não são tarefas fáceis para as empresas, especialmente no Estado de São Paulo. Está cada vez mais caro para as companhias manter esses funcionários. Há profissões cujo salário teve elevação de 90,3% entre 2011 e 2012, como é o caso, por exemplo, da função de administrador de banco de dados, que passou para R$ 4.700 no prazo de um ano na Capital paulista. É o que mostra levantamento da Page Personnel, empresa global de recrutamento especializado em profissionais de suporte à gestão e primeira gerência.

O diretor-executivo da consultoria, Roberto Picino, explica que os profissionais dessas categorias são bem valorizados pois faltam especialistas nesses cargos. "A combinação procura e oferta impactou no resultado e o ganho médio real desse grupo ficou acima da média do mercado."

Projetistas civis e técnicos de edificações ocupam o segundo e terceiro lugares no ranking de maiores ganhos salariais, de 75,8% e 72,9%, respectivamente. Para os funcionários que atuam nessas áreas o salário pago no fim do ano passado era de R$ 7.500, em média. "São funções bastante requisitadas, devido ao crescimento do mercado imobiliário nos últimos anos. Ao mesmo tempo é difícil atrair jovens para seguir essas carreiras. Ou seja, para não perder o funcionário é preciso valorizá-lo de alguma forma, uma delas é reajustar os ganhos do trabalhador", explica o gerente da consultoria, Paulo Dias.

METODOLOGIA - Para elaborar o estudo, a Page Personnel consultou os informes de rendimentos de 30 mil candidatos com idade entre 20 e 30 anos da cidade de São Paulo, Interior paulista e do Estado do Rio de Janeiro.

A partir dessa consulta, a empresa conseguiu traçar a remuneração mensal fixa desses cargos. Para chegar ao percentual de aumento identificado acima da inflação foi descontada a inflação acumulada de 5,1% de julho de 2011 a julho de 2012, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE.

 




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