O preço da cesta básica subiu em maio em 14 das 16 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

O aumento dos preços dos itens que compõem a cesta foi generalizado, apontou o Dieese, que atribuiu o movimento a fatores climáticos, pressões do mercado internacional e à alta dos insumos como adubos e fertilizantes derivados do petróleo.

A cesta básica de Recife foi a que mais subiu em maio, com alta de 14,19%, seguida por Natal (8,91%) e Florianópolis (7,61%). As menores variações foram registradas no Rio de Janeiro (0,31%) e Belo Horizonte (0,98%). As exceções foram Goiânia e Salvador, em que o preço da cesta básica recuou 1,19% e 0,35%, respectivamente.

A cesta mais cara foi encontrada em Porto Alegre, a R$ 236,58, segundo o Dieese. São Paulo ficou em segundo lugar, com R$ 233,92. Belo Horizonte, que liderou a lista de valor da cesta básica em abril, caiu para o terceiro lugar em maio, com R$ 230,55.

Na outra ponta, as cestas mais baratas foram as de Salvador (R$ 176,05), Aracaju (R$ 183,40) e João Pessoa (R$ 187,21).

Preço médio do leite ao produtor apresenta alta
Os preços médios do leite recebido pelos produtores brasileiros subiram em maio, no quarto mês consecutivo de alta, segundo levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O preço pago ao produtor aumentou mais R$ 0,02 por litro ou 2,7%, para R$ 0,7561/litro (sem descontar frete e 2,3% da CESSR - Contribuição Especial da Seguridade Social Rural) na média de sete Estados.

De janeiro a maio, a alta acumulada é de 13,4%, ritmo inferior aos 17,15% registrados em igual período do ano passado. "Apesar disso, a média bruta desse ano é de R$ 0,7155/litro, enquanto a de janeiro a maio de 2007, em termos reais (deflacionada pelo IGP-DI), foi de R$ 0,5575/litro", dizem os técnicos.

Eles explicam que o pagamento de junho é feito com reajuste sobre o de maio. "Neste ano, porém, há fundamentos que apontam para o enfraquecimento dos reajustes já no próximo mês. Trata-se da combinação do patamar elevado de preços ao produtor com o fato de que os derivados no mercado atacadista não têm acompanhado as altas ao produtor e de que a oferta atual de leite é cerca de 27% maior que a do mesmo período de 2007."