As centrais sindicais entregam hoje no Congresso Nacional o abaixo-assinado que pede a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem diminuição dos salários. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a campanha recebeu mais de 1 milhão de adesões.

O documento será entregue para o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), por volta das 9h da manhã e logo em seguida será realizada a Comissão Geral, uma espécie de audiência pública que será realizada no plenário da Casa.

"A Câmara vai se abrir para um debate sobre o tema, com participação das centrais, parlamentares e sociedade, o que já é uma vitória para nós. Amanhã (hoje) é a coroação de todo um trabalho conjunto das entidades sindicais, que foi feito desde fevereiro com muita mobilização", afirmou Juruna.

Para participar da discussão no Congresso, as centrais pretendem levar mais de 2.000 mil pessoas a Brasília para pressionar os parlamentares a continuarem a discussão que começa hoje no poder Legislativo.

"Queremos que os projetos parados sobre a jornada entrem em votação. Estamos apoiando o projeto de Emenda Constitucional, mas há projetos de lei também na Casa que precisam de uma definição", disse Artur Henrique, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Contudo, a idéia das centrais de fazer uma audiência conjunta entre a Câmara e o Senado não conseguiu ser articulada, mesmo com o atraso de cinco dias nos planos das entidades para a entrega do documento.

No início da campanha, em fevereiro, o objetivo era colher as assinaturas e entregá-las no dia seguinte a uma grande mobilização da categoria trabalhadora que aconteceu na quarta-feira da semana passada.