Economia Titulo Automotivo
Brasil terá livre comércio automotivo com a Argentina

O governo do Brasil e o da Argentina decidiram ontem os termos de renovação do acordo automotivo entre os dois países por mais cinco anos

Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
31/05/2008 | 07:37
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O governo do Brasil e o da Argentina decidiram ontem os termos de renovação do acordo automotivo entre os dois países por mais cinco anos. No entanto, essa renovação vem com uma novidade para as relações comerciais do Mercosul: em 2013 o comércio desse setor será livre entre as duas economias.

Da Argentina, onde foi feita a reunião, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, conta que a partir do sexto ano do novo acordo, todo tipo de produto automotivo - autopeças, veículos, caminhões, ônibus, entre outros - não serão mais tributados para atravessar a fronteira.

"O mercado livre será bom para os dois países, pois consolida o processo de formação do Mercosul", afirma Schneider. "Para o investidor, este poderá fazer projetos de longo prazo desenvolvidos para os dois mercados como um só, o que torna o Brasil e Argentina mais competitiva no ramo automotivo mundial", completa.

Os incentivos para a relação comercial da indústria automotiva entre os dois países começou em 1995, com o primeiro acordo. Desde 22 de março começaram as negociações entre os governos, pois o atual vence no dia 30 de junho e a nova proposta precisa ser assinada pelos presidentes Lula e Cristina Kirchner.

Segundo dados do setor, o comércio entre os dois países somou mais de US$ 9 bilhões em 2007, sendo que o Brasil exportou para o mercado vizinho o equivalente a US$ 5,5 bilhões e importou US$ 3,6 bilhões.

Para o presidente da Anfavea, os próximos cinco anos servirão para fazer os acertos produtivos dos dois países até que o livre mercado seja estabelecido.

Schneider também não acredita que haverá prejuízo à indústria automotiva brasileira com a abertura do mercado. "Não se pode ter uma visão local. A integração é importante, pois o Brasil não pode ter receio em relação à Argentina e vice-versa. Isso só vai ajudar os dois mercados."

O presidente da Anfavea acredita que as plantas do Grande ABC também serão beneficiadas com o acordo. "Elas estão nesse processo, pois são exportadoras e importadoras da Argentina", avalia.




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