Política Titulo São Bernardo
Mulher de Maurício Soares pede demissão
Rita Donato
Do Diário do Grande ABC
31/05/2008 | 08:24
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Um dia após o ex-prefeito de São Bernardo Maurício Soares (PSB) ter pedido exoneração do cargo de coordenador de Ações Comunitárias, sua mulher, Laerte Soares, responsável pela Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social), também pediu demissão.

O afastamento de Laerte foi antecipado pelo ex-chefe do Executivo antenesta sexta-feira. Na ocasião, Maurício afirmou que a mulher poderia abandonar a Pasta já que, segundo ele, funcionários da secretaria estariam sendo "retaliados" por não apoiarem a pré-candidatura a prefeito do deputado estadual Orlando Morando (PSDB).

Na tarde de quarta-feira, depois que o governista oficializou o afastamento do governo e assumiu estar livre para apoiar o pré-candidato petista à sucessão municipal, o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, três profissionais que exerciam cargos de confiança na Sedesc foram exonerados.

"Eu podia esperar um pouco mais para sair ou simplesmente aguardar que ele (prefeito William Dib-PSB) me exonerasse, mas saí em solidariedade aos demais demitidos. Laerte também deve sair nos próximos dias", comentou Maurício, ao confirmar a demissão dos funcionários.

Outros dez profissionais demitidos desde o início da semana atuavam nas secretarias de Esportes, Ações Comunitárias, Juventude, Saúde, Turismo e Habitação.

Mesmo com as exonerações em massa, a Prefeitura garante ter mantido cerca de 84 cargos indicados pelo ex-prefeito e por sua mulher.

Laerte foi uma das fundadoras do Fundo Social de Solidariedade do município, que, desde 1997, realiza campanhas sociais em prol da comunidade carente. Assumiu a Sedesc em 1998, no mesmo ano em que a Pasta foi criada para racionalizar os serviços de assistência social.

Há um mês, quando o impasse sobre a pré-candidatura de Maurício ainda não estava definido, a Câmara aprovou projeto do Executivo regulamentando a secretaria administrada por sua mulher. Foram criados 249 cargos, 44 comissionados.

Na ocasião, a bancada petista - que hoje discursa a favor da união com Maurício - votou contra a proposta por considera-la "eleitoreira". À época, a oposição cogitou ser uma manobra do governo para segurar Maurício no bloco. O ex-prefeito afirmou tratar apenas de uma reivindicação antiga de Laerte.

Procurada pela reportagem, a ex-secretária não foi localizada, nesta sexta-feira, para comentar o pedido de demissão.




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