Os altos reajustes no preço da batata (72,44%), do tomate (38,22%), do arroz (24,06%), da carne bovina de segunda (15,71%) e da farinha de trigo (11,50%) fizeram com que os consumidores do Grande ABC desembolsassem, em abril, R$ 29,69 a mais pela cesta básica.

O custo da cesta básica nas sete cidades subiu 10% em abril, segundo dados divulgados ontem pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Em março, o conjunto de alimentos de primeira necessidade havia recuo 4,09% e naquele mês saiu R$ 12,12 mais barata para os consumidores.
 
Batata e tomate - Segundo o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto, as altas constantes dos itens do grupo de hortigranjeiros se devem aos preços elevados do barril de petróleo, de onde derivam os principais adubos para uma produção satisfatória em qualquer lavoura.
 
Arroz - O aumento nos valores do pacote de cinco quilos do arroz foram influenciados pelos preços recordes no mercado internacional, que por sua vez foram estimulados pela oferta ajustada e as previsões de estoques mundiais baixos.
 
Carnes - Benedetto explica também que os valores das carnes bovinas acompanham um movimento generalizado de alta nos preços dos alimentos.

“Com os cereais (insumos utilizados na produção animal) custando mais no mercado internacional, o repasse é quase que automaticamente transferido”, relata o engenheiro agrônomo.
 O consumidor não teve como escapar do aumento do preço dos cortes bovinos, já que mesmo com a produção em alta, a carne de frango no mês passado teve alta de 9,50%.
 
Limpeza e higiene - Além dos reajustes nos produtos alimentícios, os preços dos itens de limpeza doméstica e higiene pessoal, como o sabão em pó, sabonete, sabão em barra e papel higiênico subiram, respectivamente, 17,38%, 4,76%, 3,23%, e 1,25%.