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Alta dos alimentos prejudica empresas de refeição coletiva
04/06/2008 | 07:11
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A recente alta no preço mundial dos alimentos levou a Aberc (Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas) a aconselhar seus filiados que tentem renegociar os cerca de 10 mil contratos com empresas públicas e privadas no País.

Até agora, foram revistos cerca de 30% desses contratos, com atualização dos preços entre 10% e 12%. "O ideal seria entre 16% e 18%, mas deixamos para fazer os ajustes necessários nas datas-base", disse o vice-presidente da entidade, Rogério da Costa Vieira.

Segundo ele, os associados à Aberc estão amarrados a contratos anuais, por conta da legislação. "É uma anormalidade nas relações jurídicas, que não faz nenhum sentido", classificou.

Ele defendeu que seja estabelecido no País um sistema semelhante ao europeu, em que há uma parte fixa, correspondente à mão-de-obra, com reajuste a cada 12 meses, e outra parte variável, referente à matéria-prima, que teria periodicidade menor.

Segundo Vieira, no Brasil a matéria-prima representa entre 55% e 65% do custo final da refeição. Ele destacou que a renegociação dos contratos é um "desafio de curtíssimo prazo", sob risco de comprometer a alimentação para muitos trabalhadores, pois "os preços da matéria-prima não recuarão mais".

Atualmente, as empresas servem diariamente 8,3 milhões de refeições coletivas. Além de outras 34 milhões de crianças que são atendidas com a merenda escolar servida por associados da Aberc. "O nosso setor é também o que retém a inflação, em razão dos contratos anualizados", disse Vieira.




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