Mesmo com a cotação do petróleo em alta e a dificuldade dos produtores de álcool em colher cana-de-açúcar por causa das chuvas que caíram há algumas semanas, o que deve contribuir para a elevação do valor dos combustíveis nos postos do Grande ABC é algo bem mais próximo à região: o reajuste de 7,04% obtido pelos frentistas no último dia 15.

Segundo o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABC), José Antônio Gonzalez Garcia, o Toninho, o reajuste deverá ser repassado e elevará os preços em até R$ 0,02 por litro a partir de junho, quando os novos salários começarão a ser pagos. "Isso será necessário porque nossa margem de lucro já é muito baixa. Não dá para absorver", afirmou Toninho.

O presidente do Sindicato dos Frentistas do ABC, Miguel Gama Neto, por sua vez, acredita que o valor pago aos trabalhadores do setor não tem peso na composição dos custos dos postos que justifique aumentos nos produtos nesse momento.

Ele revela que o piso salarial passou a ser de R$ 590 mais 30% de periculosidade. "Isso significa um salário de R$ 767", disse, explicando que o acordo é retroativo a 1º de março, data oficial do dissídio da categoria.

PESQUISA
Ainda independente dessa discussão, os preços dos combustíveis no Grande ABC se mantiveram estáveis no período entre 11 e 17 de maio, segundo levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

De acordo com a pesquisa, o preço médio da gasolina na região registrado no período foi de R$ 2,351, o que significou uma variação negativa de 0,3% em comparação com medição anterior, feita entre os dias 4 e 10.

Já o álcool nem variação teve e ainda é encontrado a R$ 1,27, enquanto o preço do GNV (Gás Natural Veicular) apresentou queda de 2,37%, com o preço médio ao consumidor caindo de R$ 1,137 para R$ 1,11.