Economia Titulo GM
Incentivo à tecnologia agrada GM
Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
20/05/2008 | 07:17
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De passagem pelo Brasil, onde participará das comemorações da marca de 1 milhão de veículos produzidos na unidade de Gravataí (RS), além dos dez anos da fábrica, o presidente mundial de operações da General Motors, Fritz Henderson, vê como positiva a nova política industrial brasileira. Para ele, é especialmente boa a parte de incentivos fiscais para empresas que investem no desenvolvimento de tecnologia.

Ele e outros executivos presentes ontem à tarde na fábrica de São Caetano assinalam que o grupo já investe bastante em desenvolvimento tecnológico e que a montadora pode ser beneficiada pela política anunciada pelo governo federal. "Um dos cinco centros de engenharia e design do grupo, no mundo, está aqui", lembrou Henderson.

A política industrial, no entanto, não surtiria os efeitos esperados pelo governo no que diz respeito ao aumento das exportações do setor automotivo. "A economia vai muito bem, mas a moeda está muito valorizada em relação ao dólar. As medidas ajudam pouco no aumento das exportações do setor, embora sejam importantes para outras áreas", completou.

COMBUSTÍVEL
Na opinião de Henderson, o etanol é a única forma de substituir o petróleo no curto prazo. Mas o problema estaria nas discussões políticas em torno da produção de alimentos. "O que dificulta nos Estados Unidos é que o etanol de lá vem do milho, o que torna a política em torno do assunto mais difícil. Estamos investindo no desenvolvimento de etanol a partir da celulose ou de lixo, pois queremos tirar a questão alimentar dessa discussão", comentou.

O executivo afirma que até 2012 cerca de 50% dos carros da marca nos Estados Unidos terão motores flexíveis, seguindo os passos do Brasil nessa área.

Emergentes não devem ser afetados por crise dos EUA

O presidente mundial de operações da General Motors, Frits Henderson, disse não acreditar que os países emergentes sofram com a crise norte-americana, pois o crescimento econômico dessas nações tem se mostrado sustentável. "Os Estados Unidos continuam importantes, mas não como há dez anos. Mesmo assim, são responsáveis por 50% de nossa receita embora, em volume, 64% das vendas ocorram fora", disse.

A GM teve prejuízo de US$ 3,25 bilhões no primeiro trismestre e lucro de US$ 517 milhões na área chamada de LAAM, que compreende América Latina, África e Oriente Médio.




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