Economia Titulo Consumo
Gasto ao Dia das Crianças será de R$ 56 mi

Pesquisa aponta aumento real de 4% no montante em relação ao mesmo período de 2013

Daniel Tossato
Especial para o Diário
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
25/09/2014 | 07:10
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Nario Barbosa/DGABC


Os consumidores do Grande ABC vão gastar R$ 56,5 milhões com presentes de Dia das Crianças, alta real (descontada a inflação) de 4% frente ao mesmo período de 2013. O Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo publicou ontem a informação, por meio da PIC (Pesquisa de Intenção de Compra), em parceria com as associações comerciais e industriais da região.

No ano passado, o estudo apontou que os moradores pretendiam gastar R$ 51 milhões. Entre os principais fatores que sustentam o crescimento está o apelo da data. “As pessoas nunca esquecem as crianças antes de dar presentes, como também acontece com as mães. Nas pesquisas para o Natal, por exemplo, as pessoas que serão presenteadas mais citadas são os filhos e as mães”, explicou o coordenador do observatório, o professor Sandro Maskio. Os itens mais citados são as bonecas, vestuários e calçados.

Em abril, a PIC mostrou que os consumidores pretendiam gastar R$ 131 milhões com presentes, aumento real de 8%. Em maio, a pesquisa referente ao Dia dos Namorados informou que a região gastaria R$ 74,5 milhões, queda real aproximada a 5%, e no Dia dos Pais, R$ 59 milhões, redução de 5% com desconto da inflação da época.

“Estava com uma expectativa pior”, revelou Maskio. Ele explicou que, com base nos indicadores econômicos regionais, que direcionam para alta de desemprego, queda da massa salarial e do crédito, o aumento real é inesperado.

ESTRATÉGIA - Os resultados da PIC mostraram que os filhos são os mais citados para serem presenteados, com 35% das opiniões. A auxiliar de limpeza Rosineide dos Santos, 46 anos, que reside em Mauá, tem seis e prevê gastar R$ 400 com presentes. Parte do valor será para adquirir um tablet, que segundo ela, estão com preços menores atualmente.

Em seguida aparecem os sobrinhos, com 28,3% das respostas. O gerente comercial andreense Maurício Pivetta, 46, está dentro deste grupo. Ontem, procurava presente para a sua sobrinha, de 4 anos, no Centro de Santo André. “Pretendo comprar um jogo educativo. Ou até mesmo um quebra-cabeça. Quero dar alguma coisa que estimule o aprendizado dela”, disse. Ele tem a intenção de gastar até R$ 100. A PIC revelou que a média de desembolso, neste ano, com jogos educativos ou de montagem para meninas será de R$ 108,82.

Os netos também foram lembrados na pesquisa, com 6,6% das intenções. Uma dessas avós é a camareira Maria de Fátima, 55, de Santo André, que espera gastar R$ 100. “Sei que não vou gastar muito, mas vou presentear meus netos. Vou comprar uma bola, uma boneca e algum jogo para que brinquem juntos.”

Na média, o consumidor desembolsará R$ 160,40 com cada presente para as crianças, alta real de 9,7% frente a 2013. Considerando todos os gastos, serão R$ 283,70, valor 4,23% maior do que no ano passado com desconto da inflação. A enfermeira Sol Silva, 55, moradora de Santo André, vai pouco além disso. “Estou comprando desde o meio do ano presentes para meus sobrinhos, netos e também para crianças carentes. Vou gastar cerca de R$ 500”, garantiu.

O desejo da criança é o mais citado como estímulo para a escolha do produto. Os meninos terão os presentes mais caros, impulsionados pelos eletroeletrônicos.

PAGAMENTO - O dinheiro ainda é a forma preferida para se efetuar as compras no Dia das Crianças. Em 2014, 40,6% dos consumidores da região pretendem utilizar a moeda para fazer as compras, sendo que em 2013 esse número atingiu 40,1%.

A promotora Carina Lopes, 25 anos, que reside em Mauá, ainda não encerrou sua busca pelas melhores oportunidades. “Minha filha pediu uma bicicleta. Vou pesquisar e quando achar uma por um bom preço, eu compro.”

Atualmente, Carina é contratada sem registro em carteira profissional. Por este motivo, prefere pagar todas as suas compras à vista, com dinheiro. “No momento, não estou usando o cartão, e vou comprar o brinquedo no dinheiro.”

RENDA - O meio de pagamento escolhido pelo consumidor reflete o nível de renda em que ele se encontra. Enquanto 67% dos consumidores que têm remuneração superior a 20 salários-mínimos (R$ 14.448) utilizam cartão de crédito, 69% dos consumidores que ganham até um salário-mínimo (R$ 724) pagam em dinheiro.
 




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