Dois grandes temas são importantes para impulsionar o desenvolvimento da construção civil e também do País, que passa neste ano por forte desaceleração econômica: a necessidade de investimentos em infraestrutura e em Educação. 

 Essa é a avaliação do novo presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), José Romeu Ferraz Neto, que tomou posse ontem, em evento que reuniu cerca de 1.000 pessoas em São Paulo. Ele se refere a incentivo para “captação de recursos nos mercados financeiros nacionais e internacionais de forma a financiar a execução de novas políticas de infraestrutura, habitacionais, de serviços, PPPs (Parcerias Público-Privadas) e concessões”. Ele acrescentou que a adoção de novas tecnologias que tragam mais industrialização para o setor vão acarretar maior produtividade, e, para que isso ocorra, a qualificação da força de trabalho é crucial. 

 Ferraz Neto defendeu ainda que o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida se transforme em política de Estado perene, até o fim do deficit habitacional, para evitar que fique sujeita a eventuais revisões. 

 O dirigente assinalou ainda que o sindicato vai lutar contra a burocracia “desmedida” e por uma legislação tributária que privilegie a industrialização do setor, que tem grande importância: representa 16% do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, de toda a riqueza produzida no País e tem em sua base nacional 3,5 milhões de empregos. 

 Segundo ele, os problemas burocráticos significam, no custo da construção, 12% do valor final do imóvel e dobram o tempo de entrega do imóvel ao comprador. Outra reivindicação é da desvinculação do ISS (Imposto Sobre Serviços) da retirada do Habite-se. “Se tiver alguma dúvida no ISS, vai se discutir com a prefeitura, mas não fica uma coisa presa na outra”, disse.