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Quadrilhas atacam chácaras no interior de SP
17/05/2008 | 10:02
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Os ataques às chácaras e fazendas, quase sempre com reféns, voltaram com toda a força no interior paulista, sobretudo no eixo da Rodovia Castelo Branco. Bandos fortemente armados e encapuzados atacam de surpresa principalmente nos fins de semana quando moradores da capital estão presentes. Eles dominam os visitantes e saqueiam a propriedade. Geralmente usam os veículos das vítimas para fugir com o produto do roubo. São comuns os casos de violência física e psicológica

A ação desses bandidos começa em Ibiúna e avança até Cesário Lange, a 140 km da capital, passando por São Roque, Mairinque, Itu, Porto Feliz, Cerquilho e Boituva. Sem viaturas para patrulha rural, a polícia não consegue fazer frente à ação dos bandidos. Em Porto Feliz, a Polícia Civil registrou 35 roubos nos três primeiros meses deste ano - 22% a mais que no trimestre anterior -, sendo 12 na zona rural, todos à mão armada

No restante do Estado, também há problemas. Por causa da violência - e com dois anos de atraso -, a Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo), que reúne 243 sindicatos e 360 bases rurais em 580 municípios, anuncia para o segundo semestre o início do Programa de Proteção Preventiva no Meio Rural, que foi criado por um protocolo assinado pelo governador Geraldo Alckmin na Agrishow de 2006, em Ribeirão Preto

A polícia fará segurança pessoal e patrimonial dos moradores da zona rural e também os orientará na preservação do meio ambiente. Pela contas da Faesp, 210 mil proprietários rurais deverão receber as orientações para ajudar os policiais ambientais na fiscalização das propriedades

Na região de Sorocaba, o preço dos imóveis rurais desabou. Dezenas de sítios e chácaras, algumas cinematográficas, foram colocadas à venda, a maioria por até metade do valor real. “A violência espantou os compradores”, garante o dono de uma imobiliária que pediu para não ser identificado, com medo de represálias. Há três anos, ele fazia de 10 a 15 negócios com imóveis rurais por mês. Hoje, se consegue duas vendas é muito. “Parei de trabalhar nos fins de semana, pois não há clientela.”




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