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Policiais de SP são indiciados por achaques ao PCC
13/05/2008 | 08:57
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Os investigadores Augusto Pena e José Roberto Araújo foram indiciados segunda-feira em inquérito sob as acusações de seqüestro e concussão - extorsão praticada por funcionário público. Pena e Araújo negaram os crimes, durante o interrogatório realizado na Corregedoria da Polícia Civil. Segundo as investigações realizadas pelos corregedores e pelos promotores do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) de Guarulhos, os dois policiais montaram um esquema de escutas telefônicas usadas para achacar a cúpula da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Foi por meio da interceptação de diálogos de Rodrigo Olivatto de Morais, 28 anos, enteado de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que os policiais montaram o esquema que levou ao seqüestro da vítima. Rodrigo foi mantido em cativeiro na delegacia por dois dias e pagou R$ 300 mil de resgate. As primeiras provas contra os policiais foram fornecidas por Regina Célia Lemes de Carvalho, ex-mulher de Pena.

Ela entregou 200 CDs com escutas telefônicas mantidas pelo marido, entre elas conversas que Rodrigo manteve com a advogada Maria Cristina Rachado e com um suposto integrante do PCC conhecido como Gaguinho. Nas conversas, fica claro o pedido de dinheiro feito pelos policiais. Além disso, os promotores conseguiram que dois policiais civis, uma advogada e um informante de Pena confirmassem a extorsão em depoimento. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Pena acusou todas as testemunhas que foram ouvidas pelo Gaerco. Disse que elas é que tinham relação com a facção.

As investigações do caso dos achaques devem prosseguir por meio de outros inquéritos. Um deles vai investigar o furto de uma carga de PlayStation apreendida pela Delegacia de Estelionato do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). A carga estava guardada no depósito do Deic quando desapareceu, em 2007. Segundo a ex-mulher de Pena, o investigador foi o responsável pelo furto da carga. Regina Célia acusou ainda o ex-secretário-adjunto da Segurança, Lauro Malheiros Neto, de receber dinheiro de Pena - ele nega e disse que está processando a testemunha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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