Economia Titulo APL
Projeto da região vira referência no País
Leone Farias
08/05/2008 | 07:13
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O projeto APL (Arranjo Produtivo Local) do Plástico do Grande ABC se tornou referência no Brasil.  Pequenos empresários da Região Metropolitana de Salvador vieram à região, na última segunda-feira, para conhecer a iniciativa, que conta com o apoio de diversas entidades e grandes empresas (como Sebrae, companhia Nova Petroquímica, Fiesp e Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC) e reúne 51 micro e pequenas indústrias.

Criado para estimular ações conjuntas entre os empreendedores com a finalidade de oferecer a eles ganhos de competitividade no mercado, o programa desperta o interesse, por conta dos resultados que tem gerado, segundo o coordenador, Joelton Gomes dos Santos.

Além de benefícios da atuação associada, como o desenvolvimento de produtos e a participação em missões empresariais, a experiência tem propiciado redução de custos e aumento de faturamento.

Após um diagnóstico contratado pelo projeto que apontou possibilidades de melhoria, a empresa Neo Resin - uma das empresas visitadas pelo grupo da Bahia - remodelou o layout de suas instalações e conseguiu alocar uma máquina que, por falta de espaço, antes ficava em galpão alugado. "Com R$ 8.000 de investimento na mudança, deixei de gastar R$ 20 mil por mês com o aluguel do galpão", disse o sócio Hamilton Alfredo Bechelli.

Outra fabricante visitada foi a Gaab, cujo diretor técnico, Márcio Silveira, também apontou os trabalhos de consultoria como um diferencial do APL. "É um olho de fora que analisa de forma diferente o nosso trabalho", disse.

INTERCÂMBIO
Integrante do grupo visitante, o empresário Nelson Kunieda, da fabricante Triflex, classificou a vinda à região como muito produtiva. "Ficamos impressionados com a estrutura organizacional e com os resultados", afirmou.

Ele acrescentou que o roteiro de diagnósticos sobre o estágio das empresas, implementados no arranjo produtivo do Grande ABC - em aspectos como gestão comercial, administrativa financeira, de RH e em processos e produtos -, atraiu o interesse. "Nada como escutar a voz da experiência para encurtarmos caminhos", disse.

Kunieda, junto com outros 19 empresários, já participa de um projeto de APL do Plástico na Bahia, e ações como esse roteiro, desenvolvidas nos sete municípios, deverá ser levada para lá. "É um importante benchmarking (prática que serve como referência)", afirmou a coordenadora do arranjo produtivo baiano, Paloma Noblat Perez.

A intenção do grupo, agora, é convidar o coordenador do programa dos sete municípios, Joelton Santos, para ir a Salvador para participar de um café-da-manhã com empresários e apresentar a eles a experiência.

MANAUS
Santos, juntamente com o coordenador de Relações Institucionais da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Luiz Augusto de Almeida, já estiveram no final de março na capital da Amazônia, a convite do Sebrae local para mostrar a iniciativa a um grupo de industriais do segmento do plástico.

Fabricantes recebem consultoria para aprimorarem a gestão

Depois de um trabalho de diagnóstico de carências e pontos fortes das 51 empresas que fazem parte do APL do setor plástico no Grande ABC, o projeto iniciou há poucos dias consultorias individualizadas às fabricantes.

Segundo o coordenador do programa, Joelton Santos, o raio X permite traçar um plano de ações, de acordo com a necessidade de melhoria em cada fabricante.

O levantamento teve como foco aspectos como a área comercial, de vendas, administrativa-financeira, em RH, e relacionada ao desenvolvimento de processos e produtos. A área comercial é um dos pontos que deverá merecer atenção, observa Santos, já que muitas pequenas empresas do segmento são familiares.

Ainda de acordo com o coordenador, esse levantamento da gestão do grupo de fabricantes na região - constituído por empresas de autopeças, embalagens, brinquedos e outros itens - servirá como referência para mostrar a realidade no universo das mais de 500 empresas do plástico no Grande ABC.




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