A euforia que levou a Bovespa a subir mais de 6% no dia do anúncio do grau de investimento brasileiro restringiu-se aos negócios com ativos e pouco se refletiu em alterações estruturais nos cenários macroeconômicos para este ano.

Passada uma semana - e a surpresa com o timing da decisão - o que restou para os analistas foi a confirmação de que a melhora da nota já estava embutida nas estimativas de 2008, ainda que fosse aguardada pela maioria apenas para o segundo semestre.

Resumindo: o clima no mercado é de "eu já sabia" e, muitos dos que tiveram de revisar suas planilhas, o fariam com ou sem grau de investimento, já que o anúncio foi feito no último dia de abril, quando muitas casas rotineiramente refazem seus prognósticos e, coincidentemente, é o prazo final do Banco Central para que as instituições entreguem suas previsões para a cotação do câmbio do mês seguinte. Mesmo o as mudanças nas projeções do câmbio foram sutis.

A análise é a de que a possível enxurrada da moeda acabe por valorizar ainda mais o real. Vale lembrar que este tem sido a maior surpresa para os especialistas, pelo menos nos últimos 12 meses.