Política Titulo Operação Santa Tereza
Grampos mostram conversa de Paulinho e 'araponga'

Grampos federais que pegam o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, intrigam os investigadores

12/05/2008 | 07:19
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Grampos federais que pegam o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, intrigam os investigadores que participam da Operação Santa Tereza, uma missão conjunta da Polícia Federal com a Procuradoria da República que apura suposto esquema de fraudes com recursos desviados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

São ligações telefônicas, que a PF interceptou com autorização judicial, nas quais o parlamentar fala com o coronel da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior. Suposto operador do esquema e importante personagem nos bastidores do PDT e da Força Sindical, Consani é homem de confiança e araponga de Paulinho.

As escutas mostram que, nos telefonemas, eles conversam sobre um certo "serviço" do qual Paulinho teria se arrependido, mas não chegam a comentar detalhes do assunto.

A PF interrogou o coronel no dia 24 de abril, data em que ele foi capturado. Ao ser indagado sobre o "serviço" para o deputado, Consani se esquivou e disse apenas que não se lembrava de que haviam falado.

Paulinho caiu no grampo muitas vezes porque fez contato ou foi chamado pelo telefone por alguns acusados da Santa Tereza, entre eles o coronel. As conversas foram gravadas no auge da operação, entre março e abril.

No começo, o alvo era exclusivamente Consani. Paulinho não estava sob monitoramento, porque a PF não tem competência legal para investigar parlamentares, exceto se receber uma ordem do STF (Supremo Tribunal Federal). Paulinho nega participação nas fraudes com recursos do BNDES.




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