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Tática do DEM já começa a preocupar o aliado PSDB
12/05/2008 | 07:15
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Apesar de PSDB e DEM sustentarem uma parceria na oposição ao governo, a luz amarela acendeu do lado tucano depois da intervenção do líder democrata no Senado, José Agripino (RN), na sessão em que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) depôs na Comissão de Infra-estrutura, quarta-feira passada.

Os tucanos viram ali um sinal claro de que o DEM tende a radicalizar o enfrentamento com o governo Lula, o que fará do aliado um "franco atirador" com "vocação de partido nanico".

Um deputado do PSDB, que naquela noite pegou uma carona de volta para casa com o líder na Câmara, José Aníbal (SP), testemunhou um desabafo do líder à ministra Dilma. "Fazer referência à tortura e tentar criar similitude é incabível", disse Aníbal. Quando Dilma atendeu, foi direto ao ponto: "Estou telefonando para deixar o meu abraço solidário e dizer que achei que a senhora teve uma postura muito firme no depoimento". Ao desligar, justificou-se ao carona: "Somos amigos. Sei o que ela passou quando estava na clandestinidade."

Setores do tucanato acham que o DEM monta uma agenda incompatível com o projeto de poder em torno dos governadores José Serra (SP) ou Aécio Neves (MG). Os dois presidenciáveis do PSDB, cada um a seu jeito, recusam atacar Lula e preferem contornar a popularidade do petista com um discurso pós-Lula.

O novo líder da minoria de oposição no Senado, Mário Couto (PSDB-PA), admite que é preciso "afinar mais os discursos e as ações de tucanos e democratas".




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