Depois de sofrer para chegar às oitavas-de-final da Libertadores, o São Paulo tenta ir mais longe a partir de hoje, às 22h, quando inicia o mata-mata contra o Nacional, no acanhado estádio Parque Central, em Montevidéu, no Uruguai.

"Claro que temos condições de avançar e brigar pelo título, mas tem de jogar mais do que fez até agora. Vamos ver no campo se as coisas se acertam", analisou o goleiro Rogério Ceni, que completa 800 jogos pelo clube no Uruguai. "Se não tivermos pegada, seremos atropelados (pelo Nacional). Será um jogo de pressão."

O presidente Juvenal Juvêncio demonstra um pouco mais de confiança. E mesmo sem mais reforços - apenas Jancarlos foi inscrito no lugar de Carlos Alberto -, aposta no time. "O ir e vir me agrada. Sei das dificuldades que vamos enfrentar, mas confio neste grupo, estou otimista."

Já o meia Jorge Wagner fez questão de lembrar que o São Paulo não pode pensar apenas no jogo em Montevidéu. E usou o velho e batido discurso de que se trata de um "jogo de 180 minutos". "Sabemos que não vamos definir nossa classificação neste primeiro jogo. Temos de ter consciência disso e jogar com inteligência. A decisão será aqui no Morumbi."

O camisa 7 se diz satisfeito até com um empate, mas com gols. Tudo porque o regulamento da competição dá vantagem para quem marca gols fora de casa em caso de dois resultados iguais. "Claro que queremos ganhar, esse será nosso pensamento, mas não acho ruim um empate."

O confronto irá reunir nada menos que seis conquistas continentais. Os uruguaios foram campeões em 1971, 1980 e 1988, enquanto os brasileiros levantaram o troféu em 1992, 1993 e 2005.