A projeção do mercado para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2008 permanece acima do centro da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). No boletim Focus (pesquisa que reúne previsões de cerca de 100 instituições financeiras) desta semana, divulgado ontem pelo Banco Central, a expectativa para o índice oficial de inflação no País passou de 4,71% para 4,79%. O centro da meta é de 4,5%.

Para 2009, a projeção do IPCA ficou estável em 4,4% e abaixo do objetivo central - a meta de inflação de 2009 perseguida pelo BC também é de 4,5%. A previsão para a taxa de câmbio, no final deste ano, ficou em R$ 1,75 por dólar, igual à da semana anterior. Para o final de 2009, a projeção de câmbio está em R$ 1,85 por dólar.

Para a taxa básica de juros, a Selic, o mercado financeiro fez um ajuste para cima, de 0,25 ponto percentual. A estimativa da taxa (que está atualmente em 11,75% ao ano) para o final deste ano passou de 12,75% para 13% ao ano.

Nos números referentes ao crescimento da economia brasileira, o mercado financeiro manteve a projeção de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 2008 em 4,6%. Para o ano que vem, a previsão de crescimento do PIB é de 4%, igual à semana passada. Em relação à produção industrial, o mercado manteve a previsão de expansão de 5,5% este ano. A previsão para a produção industrial em 2009 é de aumento de 4,5%.

Quanto à balança comercial brasileira, a previsão dos economistas dos bancos é de um superávit de US$ 25 bilhões em 2008, a mesma projeção da semana passada. Já a previsão do superávit comercial de 2009 caiu de US$ 19,36 bilhões para US$ 17,5 bilhões.

A previsão para o ingresso de investimento estrangeiro direto em 2008 permaneceu em US$ 30 bilhões. Mas para 2009, a projeção do ingresso de recursos externos no País subiu de US$ 27 bilhões para US$ 28,5 bilhões.