O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), garantiu ontem que a assinatura de financiamentos de R$ 2,3 bilhões para obras rodoviárias e compra de trens não comprometerá os investimentos futuros do Estado.

Segundo o chefe do Executivo paulista, houve trabalho de ajuste orçamentário, em curso há vários anos. “Fizemos grande acerto fiscal. Nós tínhamos uma dívida de 2,2 vezes a receita e hoje ela é 1,4 (vez o Orçamento), o menor endividamento. Nós recuperamos a capacidade de investimento. Nossa proposta é executar esses financiamentos a partir do ano que vem”, destacou. A Lei de Responsabilidade Fiscal permite que o Estado possua dívidas de até duas vezes o valor da receita líquida.

No Palácio dos Bandeirantes, Alckmin assinou dois financiamentos com órgãos internacionais para a realização de obras de modernização em rodovias estaduais administradas pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagem), além da compra de oito trens para a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O contrato envolve R$ 616 milhões para a aquisição das composições para a Linha-13 Jade, que ligará Guarulhos à Capital, passando pelo aeroporto de Cumbica. E o restante (R$ 1,6 bilhão) é para modernização de 55 estradas. “Só nesses financiamentos de hoje (ontem) nós teremos 1.100 quilômetros de autoestradas no Litoral, nas regiões metropolitanas e em todo o Interior ampliadas e modernizadas. Vai gerar muito emprego, atrair muitas empresas e evitar acidentes”, celebrou o tucano.

Entre as rodovias beneficiadas está a Raposo Tavares, que receberá aporte de R$ 410 milhões para aperfeiçoamento entre as cidades de Itapetininga e Ourinhos, ambas situadas no Interior.

A previsão é que os serviços sejam iniciados no ano que vem, após conclusão de seus projetos básico e executivo.

PADILHA
Na busca pela reeleição, Alckmin garantiu que os ataques proferidos ao seu rival do PT, Alexandre Padilha, realizados anteontem em seu programa de rádio tratam-se apenas de uma resposta. “Depois de tantas inverdades em relação ao governo do Estado, nós só dissemos algumas verdades em relação ao PT. Nada mais justo”, considerou.

O programa eleitoral dos tucanos, veiculado no rádio, destinou na segunda-feira grande parte de seu tempo realizando ofensivas diretas a Padilha, buscando associar o ex-ministro da Saúde aos condenados petistas pela Justiça no caso do Mensalão.