Ele cita o próprio levantamento da CET, que aponta que o trânsito ficou 37% mais carregado em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em junho, a piora foi de 45% em relação a 2013. Casagrande afirmou que, com a entrega de mais uma fase do anel viário, a tendência de piora no trânsito diminuiu, chegando agora a 10%. "Piorou, mas em uma proporção muito menor do que antes. Isso é positivo. Se você inverte ou diminui uma tendência negativa, é positivo. Hoje a piora é em um degrau menor."
Ele acredita, porém, que os números da companhia paulistana levam a uma "análise simplista" da lentidão no trânsito na cidade de São Paulo, prejudicado também, segundo ele, por fatores como aumento da frota de veículos, faixas exclusivas de ônibus e ciclovias.
Para Casagrande, uma solução seria proibir o tráfego de caminhões nas Avenidas Jacu-Pêssego, na zona leste de São Paulo, e Papa João XXIII, em Mauá, no ABC, para que os veículos pesados passem a circular com maior frequência no Trecho Leste do Rodoanel. "A Jacu-Pêssego não foi feita para substituir o Rodoanel. Falta nela o que foi feito na Marginal do Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes com o Trecho Sul, portarias restringindo a circulação de caminhões", afirmou.
Não é para carro
O secretário de Estado da Casa Civil e ex-secretário de Logística e Transporte, Saulo de Castro Abreu, ressaltou que o Rodoanel não foi feito para carros. "O motorista de carro não é para usar o Rodoanel, é para tirar caminhão (de dentro da cidade), senão vira uma Marginal", afirmou.
Ele também defende que as Avenidas Jacu-Pêssego e Papa João XXII tenham restrição para caminhões. Segundo Karla Bertocco Trindade, diretora-geral da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), os veículos de passeio estão usando mais o Rodoanel porque os prefeitos da região metropolitana não investem no viário municipal. "Só que o Rodoanel não foi projeto para mobilidade urbana, foi projeto para logística."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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