Política Titulo Levantamento
Para Marina, eleitorado da região encabeça renovação

Em S.Bernardo, ex-senadora avalia que pesquisa do Diário, em que lidera disputa presidencial, é indicativo da mobilização

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/09/2014 | 07:22
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Marina Brandão/DGABC


Em campanha ontem em São Bernardo, a candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, afirmou que o eleitorado da região lidera mais um vez luta por renovação política ao comentar levantamento de intenção de voto nas sete cidades, realizado pelo DGABC Pesquisas. Na sondagem, a socialista encabeça a disputa ao Planalto, citada por 36,8% dos entrevistados, desbancando a presidente Dilma Rousseff (PT), que tem 26,5%, no berço político do PT.

“É indicativo que essa sociedade que se mobilizou na década de 1970 e 1980 para renovar a democracia e alcançar conquistas sociais continua à frente daqueles que desistiram dessa agenda”, afirmou.

Na segunda visita ao Grande ABC durante a campanha, Marina fez minicomício eleitoral na Praça da Matriz, no Centro de São Bernardo, marco das manifestações e lutas sindicais no período de ditadura militar. Ex-petista, ela falou durante 30 minutos no local, que foi tomado por cerca de 1.000 militantes. “Fizemos questão de fazer essa atividade em função do que significa essa região e, particularmente, São Bernardo para as grandes lutas em defesa da democracia”, frisou a socialista, em discurso depois de 17 dias da carreata realizada pelo ex-presidente Lula no mesmo espaço, ao lado de Dilma.

No cenário geral, Marina protagoniza o páreo com a petista, deixando para trás a candidatura do senador e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB). Em contrapartida, a socialista estagnou nos índices após disparar nas primeira pesquisas, logo que foi confirmada como candidata no lugar de Eduardo Campos (PSB), morto em agosto. Ela atribuiu esse panorama às “agressões, mentiras e calúnias” feitas pelas campanhas adversárias. “Não entrarei no jogo que vale tudo para ganhar a eleição. Somos contra esse marketing selvagem. Eles é quem têm de explicar a volta da inflação, elevação dos juros e baixo crescimento.”

A ex-senadora ironizou o que chamou de “artilharia” formada pelos rivais para destruir sua imagem na corrida pelo voto. Segundo Marina, PT e PSDB vão agradecer por criar intervalo no poder – juntos, os partidos se revezam há 20 anos. “As coisas poderão ser saneadas e eles vão voltar a se encontrar, sem criar cultura do ódio, muitas vezes na guerra do vermelho contra o azul”, disse. “Pela primeira estão na mesma cruzada de preconceito, boatos e difamações para conter avanço da sociedade que quer transformação.”

A candidata evitou novamente embate com Lula, embora o ex-presidente tenha declarado que Marina não representa nova política. Quando questionada sobre a fala negativa direcionada pelo líder petista, ela mencionou a relação de 30 anos entre os dois e que, diante disso, não adotaria postura de “desrespeito”. “A minha atitude na campanha é sempre oferecer a outra face. Mas essa questão é para desviar o foco com a presidente para quem não está na disputa. Chamo a Dilma e o Aécio para o debate.”




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