Política Titulo Segundo turno
‘PV é mais próximo de Marina’, diz Penna

Presidente nacional da legenda sinaliza apoio à socialista em eventual confronto direto com Dilma

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
20/09/2014 | 07:13
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Presidente nacional do PV, o deputado federal José Luiz de França Penna sinalizou que o partido tende a apoiar a presidenciável Marina Silva (PSB) em eventual confronto direto com a presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), em provável segundo turno. O verde evitou antecipar adesão à ex-correligionária, mas frisou ser “inegável” a comunhão da pauta ambiental defendida pela ex-senadora.

Penna minimizou o desempenho de Eduardo Jorge (PV) nas pesquisas de intenções de voto – não ultrapassa a margem de 1% –, porém argumentou ser possível o presidenciável alcançar a marca de 4% a 5% no dia 5 de outubro. “Muito difícil dizer (quem o partido apoiará no segundo turno). Política é caixinha de surpresas, mas é inegável a pauta ambiental defendida por Marina”, revelou o deputado, em visita ao Diário.

Penna, entretanto, reconheceu que Marina poderá ter dificuldades em levar adiante bandeiras da sustentabilidade, abraçadas quando a presidenciável figurava os quadros de filiados do PV. “Não posso antever choques porque não sou pitonisa, mas espero que ela consiga compor apoios”, frisou.

A posição de Penna não é compartilhada por Eduardo Jorge, que chegou a questionar a possibilidade de a ex-senadora conseguir defender interesses ambientais estando no PSB, partido que foi amplamente favorável ao novo Código Florestal, ferrenhamente criticado por Marina.

Porém, no pleito deste ano, diante de cenário que a aponta como vitoriosa em eventual segundo turno, Marina se mostrou menos resistente a alguns setores do agronegócio e sinalizou estar aberta a dialogar com o grupo. A ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, inclusive, chegou a se reunir com empresários do ramo para costurar aproximação.

Em nítida intenção de não entrar em conflito com ex-correligionária, Penna classificou que a socialista “ganhou bastante experiência” nos últimos quatro anos com a saída do PV, com a tentativa de criação do seu partido, o Rede Sustentabilidade, e o consequente ingresso no PSB. “Está mais preparada”, sintetizou.

Assim como Eduardo Jorge, o dirigente do PV reconheceu a dificuldade em vencer o pleito, mas frisou que o objetivo é “politizar o debate”. “Queríamos compor um quadro que garantisse (haver) segundo turno, para evitar que a eleição presidencial fosse transformada num plebiscito, o que é péssimo”, pontuou.




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