Economia Titulo Seu bolso
Remédios têm 875%
de diferença no preço

Levantamento do Procon encontra Nimesulida por
R$ 1,78 em um farmácia e por R$ 17,37 em outra

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
20/09/2014 | 07:17
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Banco de dados/DGABC


Os medicamentos genéricos, normalmente mais baratos por terem as fórmulas liberadas para serem produzidas por diversos laboratórios, apresentam diferença de preços, para o mesmo produto, em distintas farmácias da Capital, de até 875,84%, apurou a Fundação Procon.

Este é o caso da caixa de 12 comprimidos, de 100 miligramas, da Nimesulida. Em um estabelecimento, o preço era de R$ 1,78. Em outro, era vendido por R$ 17,37.

O órgão de defesa do consumidor realizou o levantamento, entre os dias 5 e 8, em 15 drogarias de São Paulo, explicou a supervisora de estudos e pesquisas do Procon, Mônica Leotta. “O levantamento também captou preços de medicamentos referências. No caso dos genéricos, nós pedíamos sempre os menores valores das farmácias, independentemente de qual laboratório eles eram”, explicou.

Com isso, explicou a supervisora, foi constatado que, em média, os medicamentos genéricos apresentam preços 57% inferiores aos seus pares referências.

No caso dos produtos de laboratórios conhecidos, os mesmos itens, em drogarias distintas, foram encontrados com diferenças de valores de até 280,06%. É o caso do Amoxil (Amoxicilina) – Glaxosmithkline, de 21 cápsulas de 500 mg. O maior preço era de R$ 58,91, e o menor, R$ 15,50.

TABELA - Mônica explicou que a diferença de preços ocorre, principalmente, pela negociação que as farmácias e redes têm com os laboratórios. E que os consumidores devem, antes de comprar um medicamento, olhar a tabela de valores máximos dos remédios, que é estabelecida pelo governo, disponível no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no www.anvisa.gov.br. “Pelo levantamento, nem sempre as grandes redes (que teoricamente têm maior poder de barganha por adquirirem em maior quantidade os medicamentos com os laboratórios) têm os menores preços.

A supervisora orientou que os consumidores pesquisem nas farmácias antes de comprar os remédios – mesmo entre as da mesma rede – e, acima de tudo, peçam desconto. “E nunca comprem sem prescrição médica”, acrescentou Mônica. 




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