"É importante prevenir"

Bruna Peverari, 16 anos, de São Bernardo, curtes shows,  mas já passou mal no meio da aglomeração "Estava perto da grade e tinha muito empurra-empurra. Puxei minha amiga e pedi para abrir espaço para que eu pudesse sair", conta a menina, que após o acidente está mais atenta. "O que aconteceu na boate Kiss foi fatalidade, mas serve para mostrar que, às vezes, a gente pensa estar em lugar seguro e não está. Nunca se sabe o que pode acontecer, por isso, é importante aprender como se prevenir."

"Vou ficar mais atento"

Quando estava na fila para entrar em um show, Lucas Altheman, 22 anos, de Mauá, ficou com medo de cair e ser pisoteado. "Tinha muita gente se empurrando e tive de esperar baixar a poeira para sair do tumulto. Algumas pessoas ficaram aflitas e não tinha ninguém da organização para dar instruções", conta o garoto, que nunca reparou em saídas de emergência nas baladas, a não ser nos cinemas. "Ainda não saí depois do que aconteceu em Santa Maria, mas com certeza ficarei mais atento."

"Eu nunca imagino o pior"

T.F, 14 anos, de Mauá, sempre foge de brigas e das bagunças. "Se a coisa está muito complicada e fora do controles, ligo para os meus pais e até para a polícia." Apesar de saber o que fazer em situação de emergência, a garota não fica pensando que tudo pode dar errado. "Nunca imagino o pior. Se estou lá para curtir, é para curtir."

"Tenho medo de sair"

Já T.M, 14 anos, de Mauá, passou por situação mais complicada. Ela ficou bem no meio de uma briga durante show em um rodeio. "Formou-se roda enorme e várias pessoas saíram correndo, foi horrível." A garota ficou tão nervosa que perdeu os sentidos. "Só lembro de ter acordado nos braços de uma menina que nem conhecia. Tenho medo de ir a lugares com muita gente depois disso." Ela conta que antes de começar o show, foi transmitido nos telões onde estavam as saídas de emergência, mas não adiantou. "As pessoas não ligam muito para isso, não é? Acham que nunca vai acontecer nada com elas."