Automóveis Titulo Comparativo
Fator experiência
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
06/02/2013 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Você já deve ter notado a quantidade de Onix nas ruas. Pois é, a Chevrolet parece ter acertado em cheio em sua nova aposta. Segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), em janeiro foram emplacadas 10.724 unidades, o que garantiu ao modelo a quinta posição entre os mais vendidos. E este sucesso - momentâneo ou não - tirou dos ‘dez mais'um velho frequentador deste ranking. Estamos falando do Renault Sandero, que acumulou 7.357 unidades comercializadas no período (11º mais vendido) e, irritado, resolveu chamar este novato para um duelo mano a mano.

Disposto a intermediar o entrevero, o Diário convocou as versões topo de linha LTZ 1.4 do Onix e Privilège 1.6 do Sandero. E logo de cara, o experiente Renault mostrou ser competitivo. Partindo de R$ 39.070, o hatch da marca de origem francesa é - significativos - R$ 4.020 mais em conta.

Por estes valores, os dois entregam listas de equipamentos de série praticamente iguais: air bag duplo frontal, ar-condicionado, direção hidráulica, rádio CD player, freios ABS, travas e vidros (nas quatro portas) elétricos e rodas de liga leve de 15 polegadas. A principal diferença fica por conta do moderno sistema multimídia MyLink do Onix, que traz tela LCD de sete polegadas sensível ao toque.

Com motor 1.6 8V Hi-Flex, o Sandero é mais esperto que o 1.4 8V, também bicombustível, do Onix. Apesar de apresentarem os mesmos números de potência em faixas de giros próximas, o torque máximo do Renault é maior - 15,5 mkgf contra 13,9 mkgf, ambos com etanol - e está disponível em rotações mais baixas - 2.850 rpm frente a 4.800 rpm. Esta diferença fica evidente no perímetro urbano.

Porém, em altas rotações, o Chevrolet equilibra as coisas. Tanto que nos números de desempenho consegue ser melhor que o Renault. E esta desenvoltura em giros mais elevados se deve a um melhor escalonamento das marchas - no Renault, primeira e segunda marchas são bem curtas. E por falar em transmissão, a do Onix é mais precisa e agradável que a do Sandero.

Internamente, o Renault continua como referência do segmento. É maior em tudo, inclusive na capacidade do porta-malas (veja tabelas abaixo). Patina, entretanto, no acabamento, que do Onix é superior (materiais de melhor qualidade) e que fica evidenciado pelo painel com velocímetro digital.

VEREDICTO

Na base da experiência, o Sandero vence. Além de ter melhor custo-benefício - parte de um preço mais baixo e entrega lista de itens de série igual à do concorrente -, o Renault mostra mais vitalidade no cotidiano urbano e excelente espaço interno. Moderno, com design atual e conjunto mecânico interessante, o Onix equilibra a disputa e justifica as boas vendas. Neste duelo, porém, sai derrotado.




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