Sabia que além de ser responsável por absorver as imperfeições do asfalto, proporcionando conforto ao motorista e aos passageiros, os amortecedores estão relacionados diretamente à segurança veicular? De acordo com os especialistas, amortecedores quebrados, ou com funções limitadas, podem ser responsáveis diretos por acidentes graves.

Em um engavetamento, por exemplo, as chances de o veículo causador da colisão ter problemas com os amortecedores existem. Juliano Caretta, coordenador de treinamento da Monroe, revela que testes realizados pela marca comprovaram que a capacidade de frenagem dos automóveis com problemas nesta peça é extremamente prejudicada. Trafegando a uma velocidade de 60 km/h, um carro em perfeitas condições necessita de até 1,80 metro menos para parar completamente.

Entrou em uma curva a uma velocidade moderada, e mesmo assim o veículo rodou? Atenção, os amortecedores podem estar condenados. O fato de na dianteira o carro ter o peso do motor, a tração e a caixa de direção, e a traseira ser leve demais, pode fazer com que os pneus desgarrem do asfalto, provocando o descontrole do automóvel. Isto só acontece se os amortecedores estiverem ruins.

Até mesmo em linha reta, carros com este equipamento em situação precária podem causar colisões. Já teve a sensação de, na estrada, o veículo estar sambando? Os ventos laterais que passam sob o veículo podem fazer com que a aderência seja prejudicada, ocasionando o descontrole e, consequentemente, o acidente. Com a suspensão em dia, as chances de isso acontecer são quase zero.

Amortecedores condenados também exigem mais fisicamente do motorista. Segundo Caretta, o cansaço aumenta em até 26%, diminuindo os reflexos do condutor.

NEGLIGÊNCIA

E a negligência com este tipo de equipamento é enorme. Uma ação realizada pela Monroe em 2012 revelou que dos 9.176 veículos inspecionados, 43% (3.950) precisavam substituir imediatamente os amortecedores.

QUANDO TROCAR?

A vida útil dos amortecedores varia de acordo com a utilização do veículo. No entanto, em linhas gerais, o recomendado pelas fabricantes é efetuar a substituição dos componentes a cada 40 mil quilômetros. E não caia no conto dos amortecedores recondicionados. "Na realidade, eles não existem, pois não é possível arrumar um amortecedor. Se fosse, as próprias fabricantes fariam", exalta Caretta.

Portanto, atenção: o carro chacoalhou demais após passar por uma lombada? Empinou muito em uma arrancada ou mergulhou demais em uma frenagem? Os pneus estão desgastando de maneira irregular? Os amortecedores podem estar condenados.