Política Titulo Incerteza
Apesar de cortejado, PSB precisa provar força em São Bernardo

Mesmo perdendo nomes importantes, socialistas ressaltam representatividade

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
07/12/2011 | 07:08
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Faltando oito meses para o início das campanhas eleitorais, o PSB é um dos partidos mais cortejados de São Bernardo, sondado pelas principais forças políticas da cidade como PT, PMDB, PPS e PSDB.

Enquanto vive a incerteza de lançar candidatura própria ao Paço ou fechar apoio à outra sigla, os socialistas precisam provar se de fato ainda têm força política.

Após governar São Bernardo entre 2004 e 2008, com William Dib (hoje no PSDB), a legenda indicou Edinho Montemor como vice de Orlando Morando (PSDB) na última eleição. Mas após as saídas de Montemor, Dib e outras referências, paira no ar a incerteza sobre o futuro do partido.

Na Câmara, os socialistas transitaram entre oposição e situação nesta legislatura. A bancada formada pelos vereadores Antonio Cabrera, Ary de Oliveira, Vandir Mognon e Sérgio Demarchi passou por fase turbulenta. Pastor Ivanildo de Santana foi para o PTB. Outros suplentes que contribuíram para a vitória dos cinco eleitos em 2008 deixaram a sigla e a performance não deve se repetir em 2012.

O vereador Ary de Oliveira considera que, apesar da situação, o PSB se mantém forte. "O partido segue firme, precisa encontrar líderes e recompor alguns espaços, mas nem por isso perdeu força." Cabrera corrobora. "Mesmo perdendo alguns quadros, temos peso na Câmara. Somos a segunda maior bancada."

Embora esteja recebendo sondagens, a cúpula socialista de São Bernardo adota discurso cauteloso em relação a 2012. "Apesar dessas movimentações, no momento não há nada fechado com nenhum partido", disse Luis Carlos Heredia.

Cabrera confia que o PSB será o fiel da balança no pleito. Porém, ressalta que ainda é cedo para falar sobre o direcionamento que terá no ano que vem. "As conversas nesse sentido ainda estão muito prematuras. Não tomaremos nenhuma decisão sem conversar com a direção estadual."

Ary de Oliveira reconhece o assedio sobre o PSB, mas avalia que a sigla tem de definir logo de que lado estará em 2012. "Tem que fazer isso para começar a trabalhar." Segundo ele, reunião com o presidente estadual do PSB, Marcio França, está para ser agendada. O encontro pode colocar fim ao impasse sobre o posicionamento da sigla em 2012. Além do encontro com o mandatário paulista, o PSB também se reunirá com o PT. O diálogo será decisivo para definir o futuro do partido.




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