Política Titulo Resistência
Articulação tenta barrar eleição de Volpi no PV estadual
Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
31/01/2013 | 07:33
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Após deixar o Paço de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi começou a articular sua eleição para presidente estadual do PV. As conversas serão intensificadas após o feriado de Carnaval, mas as sondagens preliminares demonstram resistência de parte dos nove deputados estaduais em relação ao nome do ex-prefeito.

Alguns parlamentares estaduais defendem que o grupo liderado pela deputada Regina Gonçalves (PV-Diadema) deve ser retirado do comando paulista. Volpi é amigo da deputada e, por isso, tem enfrentado problemas para viabilizar seu nome.

Segundo fontes ouvidas pelo Diário, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, tem comandado a operação para tentar inviabilizar a eleição de Volpi para o posto.

O grupo de Regina está no comando estadual da legenda desde 2007, quando a deputada assumiu a vaga, na qual permaneceu até 2010. Maurício Brusadin era próximo à verde e foi seu sucessor, mas deixou o partido para seguir a ex-presidenciável do PV Marina Silva.

Com a saída de Brusadin, em 2011, Marco Antônio Mroz, cunhado de Regina, foi eleito novo presidente. A eleição de Volpi representa, nesse aspecto, a continuidade do grupo da deputada na direção estadual do PV.

Nos bastidores, comentou-se que alguns verdes não estariam satisfeitos com a falta de rodízio e defendem que Giriboni indique outro candidato para fazer frente à candidatura do ex-prefeito de Ribeirão Pires.

Volpi filiou-se ao PV em 2001, quando deixou o PSDB após 20 anos de militância. Desde então, tem ocupado cargos de destaque no comando partidário e sempre foi apontado como cacique da legenda no Grande ABC.

 

PROBLEMAS ANTIGOS

Não é de hoje que Giriboni e Volpi protagonizam embates nos bastidores do PV. O secretário estadual foi o pivô do primeiro descontentamento do ex-prefeito de Ribeirão com a direção estadual do partido.

Em fevereiro de 2011, Volpi foi indicado pelo diretório paulista para ocupar a superintendência do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), autarquia vinculada ao setor de Giriboni, que chegou a ameaçar deixar a Pasta caso o ex-prefeito ribeirão-pirense fosse nomeado superintendente.

Giriboni venceu a queda de braço e conseguiu emplacar seu aliado, o engenheiro Alceu Segamarchi Júnior, para o posto.

Meses depois, Volpi teve problemas com a coordenação do PV no Grande ABC e pediu desligamento do cargo de líder regional após brigar com Vera Motta, presidente da sigla na bacia hidrográfica da região.

O ex-prefeito foi criticado por não conseguir emplacar um correligionário para concorrer ao Paço de Ribeirão Pires. Sem quadros, o PV teve de se contentar com a ex-secretária de Educação Rosi Ribeiro de Marco como vice na chapa liderada por Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). Na época, Volpi alegou que precisava respeitar o grupo que o ajudou a governar.

Volpi, Giriboni e a deputada Regina Gonçalves foram procurados, mas não retornaram aos contatos da equipe do Diário.




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