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Dilma Rousseff tem verba maior de bancos

Campanha de reeleição da presidente recebe 369% mais doações de banqueiros do que a presidenciável do PSB, Marina Silva, a quem a petista afirma ser sustentada pelo setor

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
11/09/2014 | 07:18
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Números da prestação de contas da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) contrapõem o discurso da petista de que sua principal adversária na eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva (PSB), é “sustentada por banqueiros”. Em comparação com os dados informados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a petista recebeu 369% mais doações do setor do que a socialista.

Os balancetes financeiros da presidente apontam recursos provenientes de banqueiros na ordem de R$ 14,075 milhões. A quantia, que representa 6,8% do total arrecadado (R$ 206,7 milhões) nas duas parciais divulgadas pelo TSE, foi alcançada com a contribuições dos bancos BTG Pactual, Bradesco e Safra.

Marina obteve R$ 3 milhões do setor bancário, equivalentes a 3,67% do montante geral conquistado, de R$ 81,5 milhões. Itaú Unibanco e Safra foram os colaboradores na campanha socialista. Herdeira do Itaú e coordenadora do programa de governo da socialista, Neca Setubal doou R$ 200 mil como pessoa física.

O debate entre as presidenciáveis tem sido pautado pelo campo econômico. Dilma afirmou anteontem que “não possui nenhum banqueiro a sustentando” em referência ao apoio de Neca a Marina – a herdeira do Itaú investiu R$ 1 milhão no ano passado para desenvolver projeto de sustentabilidade da ex-ministra.

O ataque foi resposta à declaração da socialista de que o PT criou o ‘bolsa banqueiro’, em alusão ao lucro do setor no País. A petista explora de forma negativa a proposta da adversária em garantir autonomia ao BC (Banco Central), alegando que o controle da estatal precisa ficar com a Presidência e o Congresso.

Marina ressaltou em atividades recentes que o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mentor político de Dilma, tem dito que o Brasil é o lugar do mundo onde os banqueiros mais lucram. A socialista considerou a postura de Dilma “autoritária de esquerda” e afirmou que a campanha petista espelha pânico ao condicionar a autonomia do BC ao descontrole da criação e manutenção de empregos e renda familiar.




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