O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), descartou ontem a possibilidade de chapa pura petista na eleição municipal de 2012. "Não sei se o partido discutiu isso. Eu creio que não houve esse debate, mas está fora de qualquer possibilidade chapa pura", disse, após reunião no Consórcio Intermunicipal.

O pensamento do chefe do Executivo é endossado por algumas alas do partido. Por outro lado, há petistas que defendem que o vice deve emergir da sigla. O secretário de Saúde, Arthur Chioro, e a ex-primeira-dama do País Marisa Letícia são os nomes mais comentados.

Desde que o vice-prefeito, Frank Aguiar (PTB), anunciou que deixará a política, em outubro, o posto de vice do petista passou a ser cobiçado por lideranças distintas da cidade.

O petebista argumenta que precisa cuidar da mãe, que mora no Piauí e foi diagnosticada com depressão. Além disso, Frank quer se dedicar mais à carreira artística que, segundo ele, ficava em alguns momentos limitada por conta dos compromissos políticos.

Marinho já declarou que tem plano B,C,D,E,F,G e H para escolher o substituto. Entre os partidos que compõem a base aliada, um dos nomes que se comenta é o do secretário de Gestão Ambiental, Giba Marson (PTB), que foi preterido de ocupar o posto de vice de Marinho em 2008, quando militava no PV. Como o presidente estadual petebista, deputado Campos Machado, sustenta ter a garantia de que o partido indicará o vice de Marinho, Marson pode ganhar força.

SOLUÇÃO CASEIRA
Apesar da negativa de Marinho sobre chapa pura, há petistas que são especulados para ocupar o posto de vice em 2012. O secretário de Governo, Maurício Soares (PT), descartou ontem disputar novamente um cargo eletivo. "Vou encerrar minha carreira política. Não quero me candidatar a mais nada", disse.

Em relação a Marisa Letícia, Marinho despistou. "Não sei, vou discutir isso com os partidos somente ano que vem."

O presidente do diretório municipal do PT, Wanderley Salatiel, também avalia ser cedo para debater o assunto. "Essa é uma questão que ainda será discutida no partido. Temos até junho para fazer isso", sustentou. O mandatário ponderou que a discussão envolvendo o vice de Marinho será feita de modo coletivo. "Vai depender da conjuntura. Falar em nomes agora pode ser prejudicial."