Política Titulo São Paulo
Padilha contesta gasto 743% maior do que arrecadação

Candidato diz que valor é total de contratos; TSE mostra receita de R$ 4 mi e despesa de R$ 35 mi

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
08/09/2014 | 07:39
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Ricardo Trida/DGABC


Candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha contestou ontem ter gastos 743% superiores a sua arrecadação, conforme dados da segunda parcial de prestação de contas divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que mostram que o petista teve doações de R$ 4,1 milhões e despesas de R$ 35 milhões.

A justificativa de Padilha é que informou à Justiça o valor cheio de contratos de assessoria jurídica, produção de material para programas de televisão e publicitários com terceiros vigentes até o fim da campanha e que por isso o valor das despesas é muito superior ao das doações. “Estamos sendo transparentes em mostrar desde o começo qual é a estimativa de contratos. Nós arrecadamos mais do que gastamos. Mas temos um valor de contrato que é maior.”

Padilha está estacionado na terceira posição com 7% das intenções de voto no pleito pelo Palácio dos Bandeirantes, de acordo com pesquisa do Ibope divulgada na semana passada. A campanha petista enfrenta desconfiança e dificuldades para arrecadar desde o começo da eleição. A primeira parcial da prestação de contas mostrou que os gastos foram 17.476% (R$ 33,2 milhões) superiores às doações (R$ 188,9 mil). O principal investidor no projeto foram os diretórios nacional e estadual do PT.

“Estamos muito tranquilos, porque sobra campanha nas ruas. Tenho certeza absoluta de que vamos cumprir (arrecadação). Os repasses do PT já vêm acontecendo, é assim que o PT faz campanha. Não estamos do lado dos poderosos. Quem está do lado dos poderosos é que fica mostrando arrecadação de campanha maior. A gente não paga militância, são voluntários”, externou.

O candidato petista fez campanha ontem na Brasilândia, Zona Norte da Capital, ao lado do senador Eduardo Suplicy, que tenta reeleição. Padilha caminhou pela Avenida Inajar de Souza e na feira livre da Avenida Jerônimo de Andrade. Em muitas conversas com eleitores, a principal queixa foi sobre Segurança. “O Estado vive sensação de insegurança alastrada. Quem mais sofre são as pessoas que vivem em bairros mais carentes e distantes. Queremos implementar a Força Paulista, unindo as guardas civis municipais às polícias (Militar e Civil).”




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