Apesar da economia ao aplicar o produto em si mesmo, serviço no salão tem melhor resultado
A estudante andreense Rayra Duran, 19 anos, não esconde a sua preferência por aplicar a coloração em seus cabelos em casa. A cada dois meses, ela tinge o cabelo de uma amiga, que também é adepta ao ‘faça você mesmo’. “Cada kit para pintar de preto azulado eu pago R$ 13. Gasto, em cada coloração, um e meio, aproximadamente”, revelou. “Para mim, o resultado é o mesmo em relação ao do salão”, opinou.
Ela é uma das mulheres que já colocaram na ponta do lápis os preços para tingir o cabelo no salão de cabeleireiro e em casa. A economia da ‘autocoloração’ chega a até 97,5%, segundo o presidente da Associação dos Cabeleireiros do Grande ABC, Benedito Xavier Pereira.
“Se você considerar um salão médio, a coloração simples vai custar entre R$ 60 e R$ 80”, explicou Pereira. No entanto, quando o assunto é fazer luzes, ou mudar totalmente a cor dos cabelos, observou o especialista, esse valor passa do dobro, atingindo até R$ 200.
Por outro lado, destacou o especialista, os produtos necessários para pintar os cabelos em casa podem variar de R$ 5 a R$ 60. “Mas é importante saber que esses produtos caseiros são de qualidade inferior aos que utilizamos, normalmente, nos salões, que são profissionais. Além de várias técnicas que aplicamos para chegar ao resultado ideal com a utilização de outros produtos.”
Rayra revelou que há alguns anos buscava os salões para tingir o cabelo. Chegou a gastar R$ 300 em apenas uma coloração. Atualmente, como está grávida, não faz uso desses produtos. “Mas comprei um xampu colorante, de produtos naturais. Paguei R$ 24. Já estou percebendo um bom resultado. Utilizo há um mês o mesmo tubinho.”
Por outro lado, a corretora de imóveis Michele Cristina Gomes, 30 anos, moradora de São Caetano, não dispensa o salão na hora de retocar as suas mechas. “Eu não pinto frequentemente. Mas vou, geralmente, a cada três meses no cabeleireiro para colorir”, disse.
Michele explicou que tem gasto, por sessão de coloração no salão, entre R$ 80 e R$ 100. “Prefiro buscar um profissional. Principalmente porque, por esse valor, ele também hidrata e corta o meu cabelo. Se eu fosse pintar em casa, daria muito trabalho e faria muita sujeira.”
Pereira completou que o resultado de um profissional é bem mais duradouro e com melhor qualidade. “Nós avaliamos como está o cabelo. Se será necessário algum tipo de tratamento antes de aplicar a coloração”, exemplificou.
E é justamente esse serviço dedicado e especializado que gera maior custo para as mulheres que buscam o salão. Isso porque, como os cabeleireiros adquirem seus produtos, normalmente, no atacado, o custo das tinturas é quase o mesmo.
INFLAÇÃO - Neste ano, os preços cobrados pelos cabeleireiros na Grande São Paulo subiram 3,42% em relação a dezembro, enquanto a inflação, medida pelo IPCA-SP (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – Grande São Paulo), foi de 3,62%.
No entanto, em 2010 os serviços dos cabeleireiros registraram alta de 10,08%, enquanto a inflação havia atingido 6,09%.
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