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Por que sentimos medo?
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
07/09/2014 | 07:00
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 O medo é a sensação que temos diante de situações novas ou difíceis. É o que podemos sentir ao experimentar algo novo ou que domina nossa imaginação, como ir ao quarto sozinho quando está escuro ou para uma escola que não conhecemos. 

Esse sentimento faz parte do comportamento humano e nos acompanha desde o nascimento até o fim da vida.

Mas ao longo do tempo, eles mudam. Ao sair do hospital, por exemplo, o bebê pode se assustar com barulhos. Aos 6 meses de idade, temos receio de ficar com pessoas que não vemos muito, consideradas estranhas. Aos 2 anos, é comum ter medo de alguns animais, de ficar sozinho e também de lugares escuros. 

Ao atingir os 5 anos, as ameaças são animais selvagens e criaturas assustadoras, como os monstros que vivem em nossa imaginação, mas não existem. Após os 7 anos, o mais comum é se preocupar com acidentes, chuvas fortes, trovões, doenças e receio de perder alguém da família. 

MEDIDA CERTA - No entanto, é preciso saber que o medo é comum em todas as pessoas e muito importante. O sentimento nos protege, pois evita que fiquemos em situação de perigo. Se tiver medo de altura, por exemplo, irá tomar cuidado sempre que estiver perto de uma janela, evitando cair e se machucar. Assim, sempre vamos pensar antes de agir. 

Por outro lado, o medo em excesso faz mal. Se deixar de cumprir tarefas do dia a dia, brincar ou passear por receio de que algo aconteça ou de que passe mal, tem de procurar ajuda do médico ou psicólogo.

Reações físicas são comuns

Quem nunca ficou com mãos geladas e boca seca no momento em que teve medo? Diante deste sentimento, é comum que nosso corpo dê sinais, pois reage a uma possível ameaça. Em geral, o batimento cardíaco acelera, assim como a frequência respiratória. 

Pode-se ainda suar em excesso, ficar com a boca seca e com as extremidades do corpo mais frias (como mãos e pés). Dores abdominais e náuseas também são comuns.

O QUE FAZER? - Ao sentir muito medo, pode-se ter dois tipos de reação momentânea. A primeira é ‘congelar’ ou ficar sem saber o que fazer. A segunda é ter vontade incontrolável de sair correndo. 

O ideal é procurar ajuda de um adulto para conversar e se acalmar. Afinal, apesar de parecer grande, o medo quase sempre é pequeno e passageiro. 

CURIOSIDADES

Quando o medo é exagerado, pode se transformar em doença chamada fobia. A acrofobia, por exemplo, é pavor de altura.

É comum sentir ansiedade antes do medo. Quando o sentimento é muito grande e difícil de controlar, é chamado pavor.

Consultoria de Maria Regina Brecht Albertini, psicóloga e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ivete Gianfaldoni Gattás, psiquiatra e coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência 

da Universidade Federal de São Paulo, e Rogério Rustici de Almeida,pediatra.




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