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Ford Brasil exporta tecnologia flex
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/12/2011 | 07:26
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A Ford do Brasil está colaborando na adoção da tecnologia dos motores flex-fuel (álcool e gasolina) para unidades da companhia em outras partes do mundo, entre as quais a Tailândia, que está estruturando processo de produção para ter carros com essa motorização.

Segundo o diretor de assuntos governamentais e corporativos da Ford América do Sul, Rogelio Golfarb, em termos financeiros, ainda não é possível precisar quanto isso deve gerar de resultados para a subsidiária, mas as perspectivas são positivas.

Embora a principal aposta da montadora no mundo para os próximos dez anos sejam os carros elétricos, no curto prazo, a empresa tem procurado melhorar a eficiência dos motores a combustão e investido também em difundir a tecnologia do etanol, apontou o diretor global de sustentabilidade, meio ambiente e segurança da companhia, John Viera, que participou ontem do 1ª Seminário Ford de Sustentabilidade, em São Paulo.

ELÉTRICOS

Viera projetou que, em 2020, até 25% dos carros produzidos no mundo já terão alguma tecnologia de motor elétrico. E a montadora, que foi a primeira a trazer para o Brasil um carro 100% híbrido (que combina motor a combustão com outro a bateria) - o Fusion Hybrid, que desembarcou em 2010 - está reforçando seu portfólio nessa área. No ano que vem, introduz nos Estados Unidos outro modelo, o C-Max Plug-in, que tem 100 quilômetros de autonomia sem a necessidade de recarga da bateria. A empresa vê essa opção como tendência, que deve reduzir, na frota mundial, em 30% a emissão de CO2  entre 2006 e 2020.

Ter carros menos poluentes faz parte da estratégia da companhia para aliar a preocupação com questões socioambientais com o retorno financeiro. Utilizar material com maior conteúdo reciclável é outra preocupação da empresa. Atualmente 100% dos automóveis produzidos localmente utilizam PET reciclado no carpete do assoalho, forração dos tetos, caixas de rodas e mantas de proteção acústica. Em média, cada veículo utiliza 5 kg a 7 kg desse material.

 

NAS FÁBRICAS

Viera destaca que, além dos produtos, outro pilar em termos de sustentabilidade é a melhoria de indicadores ambientais nas fábricas. No Brasil, a companhia já conquistou nos últimos quatro anos reduções no consumo de energia (10%) e de água (22,5%) e de geração de resíduos (34%).

Um exemplo de melhoria dos processos se deu na área de pintura da fábrica de São Bernardo, onde foi instalado equipamento (o regenerador de gases de pintura), que elimina em até 99% as partículas em suspensão geradas no processo de secagem, liberando na atmosfera somente vapor de água e menos de 1% de CO2.




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