Política Titulo Rebate acusações
Aidan: dados sobre rombo são improcedentes
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/01/2013 | 07:46
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O ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin (PTB) retrucou as acusações do sucessor Carlos Grana (PT) ao afirmar que os dados divulgados pelo governo petista, como rombo financeiro, são improcedentes. Por nota, o petebista sustentou que o caixa geral do Paço encerrou 2012 com R$ 180 milhões à disposição e R$ 81 milhões em restos a pagar, negando deficit de R$ 110,3 milhões. Sobre recursos do tesouro, segundo ele, foram deixados R$ 36 milhões e R$ 58 milhões de débitos comprometidos.

Aidan sugeriu que os valores anunciados de dívida deixada buscam "enxovalhar e denegrir" a imagem da administração petebista, propagando "certas leviandades" por conta de mau corpo técnico ou má-fé, "transformando a ficção em verdade". "Nosso governo foi o responsável pelo maior pagamento da história da dívida pública de Santo André, cerca de R$ 1,3 bilhão nos quatro anos", disse, ao falar que a situação retratada enubla sua passagem pelo Executivo.

O petebista admitiu que seu antecessor, João Avamileno (PT), deixou superavit nominal de cerca de R$ 20 milhões. Em contrapartida, Aidan relatou que somente os precatórios de desapropriação eram pagos e com valores menores, em desacordo com cálculo adotado pelo Tribunal de Justiça. "Esses pagamentos parciais realizados pelos governos anteriores ocasionaram o sequestro de R$ 12 milhões em 2011, fato que influenciou o resultado financeiro de 2012."

Para o ex-prefeito, outro impasse econômico gerado pelo PT era o calote com o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público). "O valor foi renegociado por nós junto à Receita Federal, resultado num pagamento/ano de dívida da ordem de R$ 12 milhões." Aidan considerou que, portanto, herança maldita não é a dívida de curto prazo, mas sim a de longo prazo, referindo-se aos débitos petistas. "Esses pagamentos impactarão as próximas gestões, comprometendo o investimento e custeio."

O hoje oposicionista reconheceu informações pontuais difundidos, como os valores apresentados na Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), na ordem de R$ 17 milhões. Por outro lado, o petebista citou que recebeu a autarquia, em 2009, com dívida semelhante, de R$ 18 milhões. Ele também não questionou o buraco financeiro no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), cujo deficit é de R$ 26 milhões.

Ao lado de oito secretários, inclusive o de Finanças, Grana frisou que o rombo é resultado da má gestão administrativa por parte do antecessor. O prefeito considerou que o deficit forçará o governo a congelar 34% do Orçamento, comprometendo de forma substancial os investimentos na cidade.

 

 




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