D+ Titulo
Loucos por livros

Cassandra Clare foi destaque na Bienal e reuniu muitos fãs

Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
31/08/2014 | 07:00
Compartilhar notícia


Multidão, filas quilométricas, choro e declarações de amor marcaram a 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começou dia 22. Hoje é o último dia para conferir lançamentos, participar de bate-papos e conseguir autógrafos de escritores no pavilhão do Anhembi, em Sampa, onde ocorre a feira.

Uma das principais atrações foi a norte-americana Cassandra Clare, criadora da saga Os Instrumentos Mortais. Fãs fizeram filas de madrugada para conseguir a senha para o autógrafo da autora. No entanto, houve confusão. Ruth de Mello, 18 anos, chegou às 5h30 no local, no dia 23, e não conseguiu realizar o sonho. “Alguns chegavam as 9h e furavam fila. Na hora de distribuir as senhas, foi uma correria. Muitos caíram e se machucaram.” 

A muvuca continuou na hora do bate-papo com Cassie (como é chamada pelos fãs). No entanto, mesmo quem não conseguiu entrar no local reservado para a palestra, pôde ver e ouvir a escritora, que estava surpresa com a quantidade de pessoas no local. 

A autora revelou que o Brasil será cenário de uma de suas histórias, e que a Catedral da Sé, em São Paulo, será o Instituto Brasileiro para Caçadores de Sombras. “Nunca estive em um país em que as pessoas foram tão legais comigo. Acho que tenho de ficar por aqui.”

Sobre os personagens, Cassandra afirmou que Magnus é o mais divertido de escrever, Sebastian é o mais difícil e os preferidos são Simon e Tessa (protagonista da série As Peças Infernais). “São os mais parecidos comigo.”

A escritora também deu dicas para quem está criando o próprio livro. “Tem de se motivar todo dia. Mostre o que está escrevendo para seu melhor amigo. Ele vai ficar curioso com o futuro dos personagens e vai cobrar o resto da história. Eu fazia isso com (a escritora norte-americana) Holly Black.”

PAIXÃO LITERÁRIA - Bárbara Muniz, 14 anos, saiu de Belo Horizonte, Minas Gerais, enfrentou fila, foi esmagada na multidão, mas conseguiu chegar pertinho de Cassie. Para ela, os maiores ídolos são os escritores. “Bienal é melhor do que show. Você conhece pessoas que têm o mesmo gosto que você. Não é tão comum encontrar quem gostar de ler.”

Maria Luiza Santana, 17, também é apaixonada por livros. “Gosto de fingir que sou o personagem.” Já Halana Meneghin, 17, curte os cenários das histórias. “É jeito de viajar, conhecer outros lugares e pessoas novas.”

CURIOSIDADES

CASSANDRA CLARE autografou 2.300 livros na Bienal para cerca de 1.800 fãs. “Foi indescritível. Ela é muito gentil e simpática”, lembra Izabela Garcia, 18 anos, que chegou às 

5h30 no local em busca da senha para o encontro.

KIERA CASS, autora da saga A Seleção, deu autógrafos e participou de bate-papo com cerca de 2.000 fãs. 

A LITERATURA estrangeira e ficção infantojuvenil são as que mais vendem no Brasil, segundo pesquisa da GfK. Os livros digitais também são populares. Neste ano, e-books e aplicativos de livros saltaram de 235 mil para 889 mil unidades.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;