Política Titulo Ofensas
Volpi manda Saulo 'lavar a
boca' para falar de mulher

Ex-prefeito de Ribeirão Pires diz que peemedebista quer
ser melhor que ele, mas para fazer isso 'precisa trabalhar'

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
23/01/2013 | 07:13
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O ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PV) disse que Saulo Benevides (PMDB), atual chefe do Executivo, "tem de lavar a boca" para falar de sua mulher, Lígia Volpi. O peemedebista abriu investigação para apurar suposto desvio de R$ 200 mil no Fundo Social de Solidariedade, comandado até dezembro pela ex-primeira-dama.

Volpi avaliou que as acusações são eleitoreiras e a família dele não deveria ser envolvida. "Ele tem de lavar a boca para falar da Lígia. Falar de mim é algo da política e tenho de aguentar. Pode falar, mas da minha mulher, eu não admito", disparou.

O ex-prefeito opinou que Saulo ainda não conseguiu deixar de lado as questões eleitorais e por isso continua atacando a antiga gestão. "Ele ainda não desceu do palanque e vai usar esse espaço para ter Ibope. Dou seis meses para as pessoas se cansarem. Daí ele vai ter de administrar a cidade."

O antigo comandante do Paço afirmou que já esperava as críticas de Saulo. Os dois são inimigos políticos desde 2009, quando o peemedebista, ainda no PV, declarou oposição ao governo. "Ele tem ódio de mim e quer ser melhor do que eu, mas para fazer isso tem de trabalhar."

Volpi voltou a dizer que passou os dois mandatos lidando com problemas financeiros. "Ele (Saulo) vive dizendo que sou corrupto. Então, quero ver ele fazer mais escolas do que eu. Se ele fizer menos, ele é mais corrupto do que eu."

O verde reiterou que o trabalho feito por sua mulher à frente do Fundo de Solidariedade sempre foi transparente. "A Lígia nunca recebeu um centavo da Prefeitura. Sempre atuou de forma voluntária. É uma mulher íntegra e de família tradicional da cidade. Sempre teve uma atuação impecável"

Saulo declarou que a ex-primeira-dama não foi culpada pelo suposto desvio. "As investigações apontam que o Eduardo Nogueira (ex-secretário de Promoção Social, cujo o fundo é subordinado) foi o responsável. A Lígia foi usada, porque sei que ela é íntegra. O único problema dela é carregar aquela cruz: o marido dela."

 

ENTIDADE

O presidente da Aciarp (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires), Gerardo Sauter, confirmou que as transações financeiras da Pasta de Promoção Social eram feitas pela entidade, mas que seguia ordens de Nogueira e de Lígia Volpi.

 

De acordo com o empresário, há um convênio firmado entre a associação e a Prefeitura que prevê o repasse financeiro mensal para a Pasta. O valor refere-se ao aluguel dos boxes na rodoviária municipal.

Sauter confirma o contrato de R$ 140 mil com a Prosidesys, empresa que elaborou o sistema que integrou as entidades sociais com a secretaria - o software está em funcionamento desde o ano passado. "Só repassei o valor porque fui autorizado pelo Eduardo e pela Lígia. Não temos gerência do dinheiro. Só efetuamos transferências", destacou.

O valor do acordo foi dividido em 15 parcelas e deveria ser pago até março, mas a Prefeitura cancelou o pagamento para que o contrato seja investigado.

 

 




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